Geocities: o fim de uma era

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Como anunciado há alguns meses, o Geocities fechou as portas. É o fim de uma “era”. Em 1994 a internet caminhava, mas desde lá o serviço permitia a qualquer um publicar suas idéias na web – na forma de sites, não blogs, que são populares nos últimos tempos.

Na prática o resultado final é quase o mesmo, todo blog é um site, mas nem todo site é um blog, devido às ferramentas gerenciadoras do conteúdo dos blogs terem características próprias, como postagem imediata e organização automática dos posts por data. Em geral começar um “site” é bem mais difícil do que começar um blog, para quem não entende de HTML e outras tecnologias da web.

O fim do Geocities foi uma medida do Yahoo para, teoricamente, se focar em outros serviços da empresa. Um fato é que o Geocities havia parado no tempo, sem receber atualizações nem investimentos em desenvolvimento.

O Yahoo pecou. Queira ou não, o Geocities era uma imensa fonte de informação com conteúdo de inúmeras pessoas, do mundo todo. Tinha sites pessoais sobre uma infinidade de áreas, resultados de trabalhos de pesquisas, dicas e tutoriais da época de 2000 e anos anteriores, etc. Tudo isso foi por água baixo, desaparecendo da Internet. Ou melhor, nem tudo. Alguns projetos tentaram copiar o máximo de sites possíveis, como o GeoCities Archive Project. Uma das dificuldades é que o servidor do Geocities bloqueava muitas conexões ao mesmo site, deixando-o inacessível por cerca de uma hora. Donos dos sites podiam baixar o conteúdo pelo gerenciador ou FTP, mas nem todos fizeram isso. Enfim, se foi. Hoje em dia não era tão significativo, raramente uma pessoa começava um site nele, até pelo seu jeitão de antigo. Pior que esse foi um dos motivos para o Yahoo abandoná-lo: o site não conquistava novos usuários, não gerava renda, etc.

Os membros do Geocities podem recuperar o conteúdo por enquanto migrando para o serviço de hospedagem paga do Yahoo, por $4,99.

Aos poucos o Yahoo fecha vários dos seus serviços. Eu não me espantaria se essa grande empresa daqui alguns anos existisse apenas em memória. Recentemente o grupo deixou de investir na área de buscas, numa pareceria para usar o motor do Bing/Live/MSN, da Microsoft. Essa foi uma das piores escolhas, visto que não inovarão no ramo e serão dedicados mais à publicidade online. Em vez de três grandes buscadores no mundo, teremos apenas dois. Menos concorrência sempre é ruim.

Via Daily Tech

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