Introdução

Durante as décadas de 1960 e 1970, predominaram os mainframes, computadores de grande porte, que eram acessados através de terminais burros. A idéia veio de uma necessidade simples: os computadores da época eram caros e o volume de processamento e de memória oferecido por eles era pequeno, de forma que cada empresa ou universidade normalmente possuía apenas um ou alguns poucos mainframes, que eram compartilhados entre todos os usuários.


Siegler ADM-3A: Um terminal burro bastante usado durante a década de 1970

A partir do início da década de 1980, os computadores de mesa passaram a roubar a cena, substituindo os mainframes. Dois sintomas dessa época foram a quase falência da IBM, até então uma empresa especializada em mainframes e o crescimento da Microsoft, que passou a ganhar muito dinheiro vendendo o MS-DOS e, em seguida, o Windows e o Office, usados em micros desktop.

Com a popularização das redes e da Internet, o cenário novamente mudou. Passamos a depender da conexão com a Internet até mesmo para as tarefas mais básicas e a armazenar cada vez mais informações em servidores remotos.

Com isso, a importância do PC começou a decair. Aplicativos como o Office e o Outlook deram lugar a serviços online, como o Gmail e o Google Docs, e até mesmo os programas de mensagem instantânea passaram a ser usados via web, como no caso do Meebo. O fato de estarem disponíveis via web permite o acesso a partir de qualquer computador, ou até mesmo de smartphones e outros dispositivos que ofereçam um navegador. Embora eles não concorram diretamente em recursos com os aplicativos tradicionais, a questão da praticidade fez com que o uso crescesse rapidamente.

Os grandes mainframes de duas décadas atrás deram lugar a servidores de baixo custo, montados usando componentes similares aos usados nos desktops, hospedados em datacenters e administrados remotamente. Os links de fibra óptica também caíram brutalmente de preço, tornando viáveis sites que disponibilizam vídeos (como no caso do YouTube) e outros tipos de mídia.

Esse conjunto de mudanças abriu diversos campos de trabalho, tanto na área de desenvolvimento, quanto na área de infra-estrutura. Um sintoma interessante deste crescimento é que (não apenas no Brasil, mas também em outros países) a demanda por profissionais qualificados dentro da área de tecnologia, sobretudo administradores de sistema e programadores experientes, passou a ser bem maior do que a oferta. Ou seja, diferente de outras áreas, existem mais postos de trabalho do que vagas, sem falar nas oportunidades de abrir seu próprio negócio. Naturalmente, todas estas oportunidades estão abertas apenas para profissionais altamente qualificados, daí a necessidade de estudar e dominar novas áreas de conhecimento.

Ser um administrador de redes exige um grande volume de conhecimento. Como existe muita coisa para estudar e a documentação nem sempre é clara, muitas vezes você fica sem saber por onde começar, daí a idéia de escrever este livro.

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