Gerenciador de login

Antigamente, era muito comum dar boot em modo texto e deixar para abrir o X manualmente rodando o comando “startx” apenas quando necessário, pois os PCs eram lentos e o X demorava para abrir.

Atualmente, o mais comum é usar um gerenciador de login, como o KDM (do KDE) ou o GDM (do GNOME). O gerenciador de login tem a importante função de carregar o X, mostrar uma tela de login gráfica e, a partir dela, carregar o ambiente gráfico. Quando o gerenciador de login é fechado (ou deixa de funcionar por qualquer motivo), todo o ambiente gráfico deixa de funcionar, jogando-o de volta ao terminal em texto.

O gerenciador de login é aberto como um serviço de sistema, da mesma forma que o Apache e outros servidores. Você pode parar o KDM e assim fechar o modo gráfico usando o comando “/etc/init.d/kdm stop” e reabri-lo a partir do modo texto com o comando “/etc/init.d/kdm start“. No caso do GDM, são usados os comandos “/etc/init.d/gdm stop” e “/etc/init.d/gdm start“.

Como sempre, tudo é aberto através de um conjunto de scripts. O KDM guarda a base das configurações no arquivo “/etc/kde3/kdm/kdmrc” (ou “/usr/share/config/kdm/kdmrc”, dependendo da distribuição) e coloca um conjunto de scripts de inicialização, um para cada interface instalada, dentro da pasta “/usr/share/apps/kdm/sessions/”.

A configuração do kdmrc permite as opções da tela de login, que vão desde opções cosméticas até a opção de aceitar que outras máquinas da rede rodem aplicativos remotamente, via XDMCP. Ao fazer login, é executado o script correspondente à interface escolhida. Ao usar o KDE, por exemplo, é executado o script “/usr/share/apps/kdm/sessions/kde”.

Até mesmo o comando startx é um script, que geralmente vai na pasta “/usr/X11R6/bin/”. Você pode alterá-lo para carregar o que quiser, mas normalmente ele carrega o gerenciador especificado no arquivo .xinitrc, dentro da pasta home do usuário.

Naturalmente, tudo isso se aplica apenas a situações onde você quer alterar a configuração do sistema manualmente. Você pode também alterar as configurações do KDM através do systemsettings, no “Avançado > Gestor de Autenticação”. No GNOME, você pode alterar as configurações do GDM usando o “gdmsetup”, disponível no “Sistema > Administração > Janela de início de sessão”:

Ele permite ativar o login automático, liberar o login como root (o que não é aconselhável do ponto de vista da segurança, mas acaba sendo uma questão de honra para alguns), alterar o aspecto visual ou mesmo ativar o uso do XDMCP, que é o sistema de acesso remoto suportado nativamente pelo X. Embora tenha caído em popularidade devido ao uso do SSH, ele é ainda bastante usado.

Em geral, as distribuições que utilizam o KDE como interface padrão usam o KDM, enquanto as que utilizam o GNOME preferem o GDM. Isto tem a ver com o problema das bibliotecas: ao carregar apenas um programa baseado nas bibliotecas do KDE dentro do GNOME ou vice-versa, são carregadas todas as bibliotecas correspondentes, não há o que fazer. O programa demora mais para abrir, e no final, o sistema acaba consumindo muito mais memória.

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