Capítulo 8: Acesso remoto

Uma vantagem no uso do Linux, apontada por muitos administradores de rede, é a facilidade de administrar o sistema remotamente, tanto via linha de comando (usando o SSH) quanto com acesso à interface gráfica (usando o VNC, FreeNX, ou o próprio SSH).
Essa é uma necessidade para qualquer um que mantém diversos servidores, em diferentes locais.

Hoje em dia poucas empresas hospedam seus websites “in house”, ou seja, em servidores instalados dentro da própria empresa. Quase sempre os servidores ficam hospedados em data centers, complexos que oferecem toda a estrutura necessária para que os
servidores fiquem no ar de forma confiável, incluindo links redundantes (se o link principal cai, existe um segundo de reserva), no-breaks de grande porte, geradores, refrigeração (a temperatura ambiente mais baixa ajuda os componentes a trabalharem de
forma mais estável) e assim por diante.

Isso significa que apesar do servidor ser “seu”, você não tem nenhum tipo de acesso físico a ele. Não pode usar o teclado ou mouse por exemplo, tudo precisa ser feito a distância. No Linux, toda a configuração do sistema, instalação de novos programas,
etc. pode ser feita a partir do modo texto, o que permite configurar o servidor e mantê-lo atualizado remotamente, via SSH. Outro ponto interessante é que, apesar de ser nativo do Unix, existem clientes SSH também para Windows e outras plataformas,
permitindo que o responsável administre o servidor a partir de uma estação Windows, por exemplo.

Outra possibilidade interessante para o SSH é o suporte a distância. Você pode se conectar no micro de um amigo ou cliente para corrigir algum problema. Praticamente tudo pode ser feito remotamente. Desde a instalação de um novo Kernel (você instala,
configura o lilo ou grub e em seguida reinicia a máquina torcendo para que tudo esteja correto e ela volte depois de dois minutos), até uma reinstalação completa do sistema, onde você instala a nova cópia em uma partição separada, usando um chroot, e
configura o gerenciador de boot para iniciá-la por default depois do reboot.

Outro uso comum, desta vez dentro das redes locais, é o uso remoto de aplicativos. Em muitas situações faz sentido instalar determinados aplicativos em um servidor central e abrir sessões remotas nos clientes. Isso permite centralizar as informações no
servidor (facilitando os backups) e, ao mesmo tempo, usar menos recursos nos clientes, permitindo o uso de micros mais antigos.

O exemplo mais desenvolvido é o LTSP, que permite usar micros antigos, de praticamente qualquer configuração, como clientes de um servidor rápido. Um único servidor pode atender a 20 ou até mesmo 30 clientes. Este capítulo trata das diferentes formas
de acesso remoto disponíveis e das aplicações para cada uma.

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