As partições no Linux

Temos duas interfaces IDE na placa-mãe, onde cada uma permite a conexão de dois HDs, configurados como master ou slave. O primeiro HD, conectado à interface IDE primária e configurado como master, é reconhecido pelo Linux como hda, o segundo HD, slave da IDE primária é reconhecido como hdb, enquanto os dois HDs conectados à IDE secundária são reconhecidos como hdc e hdd.

Caso você esteja usando um HD Serial ATA, então ele será visto como sda. Caso sejam dois, um será o sda e o outro sdb. O mesmo acontece ao usar HDs SCSI.

Ao mesmo tempo, cada HD pode ser dividido em várias partições. Podemos ter um total de 4 partições primárias ou três partições primárias e mais uma partição extendida, que pode englobar até 255 partições lógicas. É justamente a partição lógica que permite a nós dividir o HD em mais de 4 partições.

Esta limitação das 4 partições primárias, é uma limitação que existe desde o primeiro PC, lançado em 1981. Os projetistas que escreveram o BIOS para ele, precisavam economizar memória e chegaram à conclusão que 2 bits (4 combinações) para o endereço das partições seriam suficientes, pois na época os HDs mais vendidos tinham apenas 5 MB e só existia um sistema operacional para PCs, o PC-DOS, de forma que era raro alguém precisar criar mais de uma partição. As coisas mudaram um pouco de lá pra cá, mas infelizmente esta limitação continua até os dias de hoje.

Para amenizar o problema, foi criado o recurso da partição estendida e das partições lógicas. A partição estendida contém uma área extra de endereçamento, que permite endereçar as 255 partições lógicas. É possível criar até 4 partições extendidas, de forma que (em teoria) é possível dividir o HD em até 1020 partições :).

A primeira partição primária, do primeiro HD (hda) é chamada de hda1. Caso o HD seja dividido em várias partições, as demais partições primárias são chamadas de hda2, hda3 e hda4. Porém, o mais comum ao dividir o HD em várias partições é criar apenas uma partição primária e criar as demais partições dentro de uma partição extendida. É isso que o particionador faz por default.

As partições extendidas recebem números de 5 em diante (hda5, hda6, hda7, etc.) mesmo que as partições hda2 e hda3 não existam:

Neste mapa temos a partição primária, montada no diretório raiz (/) e uma partição extendida, que engloba tanto a partição swap quanto a partição montada em /home.

Este é o esquema de particionamento mais usado no Linux: três partições, sendo uma a partição raiz, onde o sistema fica instalado, a partição swap e uma terceira partição (opcional), montada no diretório /home.

A idéia é a mesma de dividir o HD em C:\ e D:\ no Windows: simplesmente manter seus arquivos pessoais numa partição diferente da dos arquivos do sistema, para melhorar a segurança e permitir que você possa tranqüilamente reformatar a partição do sistema quando precisar reinstalá-lo, sem correr o risco de perder junto seus arquivos pessoais.

Se estiver com dúvidas sobre como o HD está particionado, abra o gparted, que você encontra no Iniciar > Sistema. Ele mostra um mapa do HD.

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