Repositórios adicionais

O repositório principal do Slackware é bastante espartano, incluindo apenas os pacotes mais comuns. Um bom exemplo disso é que todos os pacotes do Slackware 12.2 (incluindo a pasta “extras/”) somam pouco mais de 2.2 GB, enquanto os repositórios oficiais do Debian Lenny somam mais de 23 GB (10 vezes mais!).

Devido a isso, surgiram diversos grupos de usuários e voluntários dedicados a disponibilizar pacotes adicionais para o Slackware. Os dois mais conhecidos são o Slacky e oLinuxPackages (que, apesar do nome, é especializado em pacotes para o Slackware):

http://www.slacky.eu/
http://www.linuxpackages.net/

Para encontrar pacotes dentro do repositório principal (e assim saber se ele inclui o que procura, ou se precisa procurar em outro lugar), uma boa opção é o localizador de pacotes doSlackware.it, disponível no: http://packages.slackware.it/

Outro repositório bastante conhecido é o Dropline, que inclui pacotes para a instalação do GNOME: http://www.droplinegnome.org/

A maneira mais simples de instalar os pacotes é baixar o pacote do dropline-installer, instalá-lo usando o installpkg e executá-lo (como root) usando o “dropline-installer”, deixando que ele detecte a versão do Slackware em uso e baixe os pacotes via web.

Ele possui uma série de dependências, entre elas o “aspell”, “perl” e o “textutils”. Se algum dos pacotes não estiver instalado, ele exibe uma lista dos faltantes e pede que você os instale manualmente antes de continuar.

Outro projeto importante é o Slackbuilds, que disponibiliza scripts de compilação para diversos outros aplicativos, permitindo que você os compile diretamente na sua máquina, em vez de esperar que algum grupo disponibilize um pacote pré-compilado:
http://www.slackbuilds.org/

A instalação de aplicativos através do código-fonte no Slackware é bastante simples em relação a outras distribuições; já que, ao marcar a categoria “D” durante a instalação, quase todos os compiladores e bibliotecas necessários são instalados automaticamente, evitando que você precise ficar caçando os componentes na hora de tentar compilar cada pacote, como é comum em outros sistemas.

Ao usar os scripts do Slackbuilds o processo se torna quase automático, você precisa apenas baixar o SalckBuild do pacote desejado, descompactar o arquivo, baixar o pacote com ocódigo-fonte (salvando-o na mesma pasta) e em seguida executar o script de instalação, deixando que ele se encarregue do restante da instalação.

Para instalar o SlackBuild do Ndiswrapper, disponível no:
http://www.slackbuilds.org/repository/12.2/network/ndiswrapper/

… por exemplo, os passos seriam:

a) Baixar o arquivo “ndiswrapper.tar.gz” disponível na página (contendo o SlackBuild) e descompactá-lo na pasta atual:

$ tar -zxvf ndiswrapper.tar.gz

b) Acessar a pasta “ndiswrapper” que será criada e baixar para dentro dela o arquivo “ndiswrapper-1.53.tar.gz” (também disponível na página) que contém o código-fonte do pacote.

c) Executar, como root, o script “ndiswrapper.SlackBuild” disponível dentro da pasta:

# ./ndiswrapper.SlackBuild

d) Depois de feito o processo de compilação, será gerado o pacote “ndiswrapper-1.53_2.6.24.5_smp-i486-1_SBo.tgz”, salvo no diretório “/tmp”. Este é o pacote compilado, que pode ser instalado usando o installpkg:

# installpkg /tmp/ndiswrapper-1.53_2.6.24.5_smp-i486-1_SBo.tgz

Se você desmarcou a categoria “D” durante a instalação, o jeito mais prático de instalar os pacotes posteriormente é montar o DVD de instalação, acessar a pasta com os pacotes (“cd /mnt/cdrom/slackware/d/”) e usar o comando “installpkg *.tgz” para instalar de uma vez todos os pacotes do diretório. Outra opção é usar o pkgtool dentro do diretório, o que permite revisar a instalação de cada um:

Uma curiosidade é que o formato Slackbuild é adotado também para a compilação dos pacotes principais do repositório do Slackware. Acessando a pasta “source” dentro de qualquer um dos repositórios (ftp://ftp.slackware-brasil.com.br/slackware-12.2/source/, por exemplo), você encontra os Slackbuilds dos pacotes incluídos nos CDs de instalação, que você pode compilar manualmente seguindo os mesmos passos que acabamos de ver.

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