Usando o KDE no Ubuntu

A decisão da equipe do Ubuntu em utilizar o GNOME como desktop padrão, levou ao surgimento do Kubuntu (http://www.kubuntu.org/), uma versão derivada que tem por objetivo oferecer uma opção baseada no KDE.

A ideia do Kubuntu é manter as principais características do Ubuntu original, compartilhando do mesmo repositório de pacotes, utilizando uma versão levemente modificada do mesmo instalador e mantendo o uso dos mesmos serviços e utilitários básicos; mas, substituindo o ambiente de trabalho e os aplicativos por versões alternativas, baseadas na biblioteca QT.

Um bom exemplo de como a ideia é levada a sério pelos desenvolvedores é que o Kubuntu não inclui o Firefox por padrão (já que ele é baseado na biblioteca GTK), utilizando o Konqueror como navegador default. Naturalmente, isso pode ser resolvido rapidamente instalando o pacote “firefox” usando o gerenciador de pacotes, mas o fato de não incluírem um aplicativo utilizado por 80% dos usuários apenas devido à questão da biblioteca, mostra quais são as prioridades.

Por ser desenvolvido por uma equipe menor e desfrutar de uma base de usuários igualmente reduzida, o Kubuntu acaba não recebendo a mesma atenção que o irmão mais velho, o que resulta em um número maior de bugs e de detalhes a corrigir depois da instalação.

Apesar disso, se você gosta da proposta do Ubuntu, mas prefere o KDE, o Kubuntu pode ser uma boa opção, desde que você tenha um pouco de paciência em pesquisar soluções e fazer pequenos ajustes manualmente.

A equipe do Kubuntu é também a responsável pelo desenvolvimento dos pacotes do KDE e de aplicativos baseados nele, que estão disponíveis no repositório Universe, garantindo que aplicativos como o Konqueror e o K3B possam ser instalados também sobre o Ubuntu, sem percalços. Basta usar o apt para instalar os aplicativos desejados, como em:

$ sudo apt-get install k3b amarok

Como de praxe, o volume de dependências ao instalá-los sobre o Ubuntu é considerável, uma vez que será necessário instalar também as bibliotecas do KDE, mas isso não chega a ser um grande problema para quem utiliza uma conexão de banda larga. O uso de memória ao rodar aplicativos como o K3B sobre o Ubuntu é também relativamente alto, mas, novamente, esse não é um grande problema ao usar uma máquina atual.

Se você preferir instalar o KDE completo, a melhor opção é instalar o meta-pacote “kubuntu-desktop”, que instala um conjunto completo (pouco mais de 240 MB), contendo o KDE e o conjunto básico de aplicativos. A partir daí, ambos os ambientes ficam instalados e você pode escolher qual usar na tela de boot:

$ sudo apt-get install kubuntu-desktop

Se preferir um conjunto menor, apenas com os pacotes base do KDE, experimente instalar o pacote “kdebase”. Acrescente sempre o pacote “kde-i18n-ptbr” na atualização, para que os aplicativos fiquem em português:

$ sudo apt-get install kdebase kde-i18n-ptbr

Uma vez instalados, os programas do KDE passam a aparecer também no iniciar do GNOME e vice-versa, permitindo que você utilize os aplicativos dos dois ambientes conforme necessário. Um ajuste importante depois da instalação é configurar o tema visual e as fontes dos aplicativos do KDE, para que eles fiquem parecidos com os do GNOME. Para isso, abra o Systemsettings e ajuste as opções na seção “Aparência:

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