As opções básicas

Com o VirtualBox instalado, basta chamá-lo usando o comando “virtualbox“. Apesar de ter acesso direto ao hardware da máquina, ele não precisa de privilégios de root para ser executado. Pelo contrário, é fortemente recomendável que você o rode usando seu login de usuário, assim como qualquer outro aplicativo no Linux. A parte do software que roda com privilégios mais altos são os módulos de kernel gerados durante a instalação.

Acessando o “Arquivo > Preferências” você tem acesso às configurações gerais do VirtualBox. A primeira opção a verificar é a “Geral > Pasta padrão para Máquinas”, que define onde serão armazenadas as VMs. O default é que seja usada a pasta VirtualBox dentro do seu home, mas como as VMs tendem a ocupar vários GB e você vai provavelmente querer mantê-la a salvo durante as eventuais reinstalações do sistema, você pode preferir usar uma partição ou HD separado.

Em versão antigas do VirtualBox, anteriores à 4.0, eram usadas pastas separadas para armazenar a configuração das VMs e as imagens de disco, agrupando os arquivos referentes a várias VMs na mesma pasta, mas nas versões recentes cada VM recebe uma pasta própria, onde ficam armazenados tanto os discos quanto as configurações (similar ao que temos no VMware), o que simplifica a estrutura e facilita os backups.

A opção “Entrada” define a Tecla Hospedeiro (tecla host), que libera o rastro do mouse e o foco do teclado da janela da VM, para que você possa voltar a usar o host. Defina uma tecla que não vá ser usada com frequência dentro da VM (como a tecla Ctrl direita ou a tecla Super/Windows). De qualquer forma, este chaveamento manual é geralmente usado apenas durante a instalação e configuração inicial do sistema dentro da VM. O VirtualBox inclui um conjunto de drivers (com versões para vários sistemas) para ser instalado dentro da máquina virtual, que permite o redimensionamento dinâmico da janela e o uso livre do mouse.

Além de mudar o foco do mouse esta tecla é usada em vários atalhos. Pressionando Host+F você alterna entre o modo de tela cheia; Host+R envia um sinal de reboot para a VM, enquanto Host+H a desliga. Pressionando Host+Del você envia um Ctril+Alt+Del para o sistema dentro da VM, enquanto Host+Backspace envia um Ctrl+Alt+Backspace, um atalho importante em hosts Linux. Pressionando Host+F1 (ou outra tecla de função até o F12) envia um Ctrl+Alt+F1, que no Linux permite chavear para o terminal de texto. Neste caso, Host+F7 (Ctrl+Alt+F7) permite voltar par o X.

O mais interessante entretanto é o Host+C, que ativa o modo escalonado, que permite usar uma resolução mais alta dentro da VM que a área útil do monitor. No modo escalonado, você pode redimensionar a janela livremente, que o VirtualBox reduz as dimensões da imagem para caber dentro do espaço disponível, similar à função disponível em muitos softwares de acesso remoto. Ela é a salvação da lavoura para quem usa telas pequenas e não quer ficar alternando entre o modo de tela cheia:

Além das opções de idiomas, extensões e proxy, temos também a categoria “Rede”, que permite criar interfaces virtuais de rede, cada uma com uma faixa de endereços específicas. Estas interfaces podem ser então atribuídas a diferentes VMs, permitindo que você simule redes inteiras usando o VirtualBox, sem precisar sequer expor as máquinas virtuais à sua rede local:

Naturalmente, o uso das interfaces virtuais é opcional. Se você não criar nenhuma interface adicional, o VirtualBox simplesmente conectará todas as VMs à sua rede local, permitindo que elas recebam endereços do servidor DHCP e sejam configuradas como qualquer outro PC da rede. 

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