Entendendo o VirtualBox

Até pouco tempo, usar uma máquina virtual era sinônimo de usar o VMware Player ou o VMware Server. Ao contrário do que o nome pode sugerir, o VMware Server é perfeitamente utilizável em um PC doméstico, a única contra-indicação é que ele oferece mais opções e é dividido em dois componentes (o servidor propriamente dito e a interface), o que o torna um pouco mais complicado de usar. O VMware Player é mais simples de usar, mas ele tem caído em popularidade devido às limitações da interface e ao grande uso de recursos do sistema, sem falar no fato de ser um software proprietário, embora gratuito.

Isso mudou com o crescimento do VirtualBox, que começou como um projeto da Innotek (uma empresa alemã de desenvolvimento de softwares) e foi posteriormente incorporado pela Sun (que, por sua vez, acabou sendo incorporada pela Oracle), dando origem a uma solução de virtualização para desktops muito poderosa e simples de usar.

Até a versão 3.x o VirtualBox era dividido em duas versões, a versão “oficial” (também chamada de PUEL, que é o nome da licença usada) incluía alguns componentes proprietários e é distribuída através de uma licença específica e por isso é evitada pelos puristas. Assim como em outros casos, a Sun ganhava dinheiro vendendo versões aprimoradas do software, destinadas ao ramo corporativo, o que permite manter os investimentos no projeto.

Além desta versão parcialmente proprietária, existia também o VirtualBox Open Source Edition (OSE), que é a versão inteiramente livre, que tem todo o código-fonte disponível e pode ser usada dentro dos termos da GPL. Esta era a incluída incluída nos repositórios das distribuições, que podia ser instalada diretamente usando o gerenciador de pacotes.

Entretanto, a partir da versão 4.x isso mudou. O VirtualBox passou a ser distribuído em uma versão única, completamente licenciada sob os termos da GPL, disponível tanto no https://www.virtualbox.org/wiki/Downloads quanto nos repositórios das distribuições.

Os componentes proprietários passaram a ser distribuídos separadamente através do Oracle VM VirtualBox Extension Pack, um pacote de extensão. Ele adiciona suporte ao compartilhamento de recursos USB 2.0 e à função de gerenciamento remoto via RDP disponível no VirtualBox, dois recursos que muitos usuários podem acabar nunca dando falta. O Extension Pack está disponível para download no site da Oracle, mas ele é gratuito apenas para uso pessoal.

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