Netbooks: Outros modelos

Netbooks: Outros modelos

Lançado em julho de 2008, o MSI Wind foi um dos primeiros modelos com o Intel Atom e também o primeiro a adotar o uso de um HD mecânico e tela de 10″:

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Ele concorreu com o Eee 900 e com o Eee 901 e oferecia vantagens sobre ambos, incluindo a tela maior, um espaçoso HD de 80 GB (mais tarde atualizado para 120 e 160 GB) e um teclado bastante confortável. O ponto fraco era a autonomia, já que para reduzir o peso a MSI optou por utilizar uma bateria de três células e 2200 mAh, que oferecia pouco mais de duas horas de uso moderado.

Em outubro, a MSI lançou uma atualização do modelo, incluindo uma placa wireless draft-N e uma bateria de 6 células (4400 mAh), que dobrou a autonomia, levando o Wind para a casa das 4 a 5 horas de autonomia. É fácil reconhecer a versão com a bateria de 6 células pelo “calombo” na parte inferior e pelo peso ligeiramente maior (1.3 kg, contra 1.18 kg da versão original).

O MSI Wind foi lançado no Brasil pela Positivo, na forma do Mobo White. Na época em que foi anunciado, a positivo pretendia vendê-lo na faixa dos 1200 reais, o que o tornaria um concorrente muito forte. O grande problema é que o lançamento coincidiu com a alta do dólar em 2008, que acabou levando o preço para a casa dos R$ 1700, o que comprometeu as vendas.

Mais recentemente, ele passou a ser vendido também pela LG, na forma do LG X110, que conseguiu oferecer preços ligeiramente mais baixos que a Positivo. Existe ainda uma versão do X110 com modem 3G integrado, que é vendido em parceria com a Vivo.

Embora tenha sido uma das últimas entre as grandes a lançar um netbook, a Samsung conseguiu fazer uma boa estréia com o Samsung NC10. Ele não possui nenhum grande diferencial em relação a outros modelos (é também baseado no Atom N270, com 1 GB de RAM, HD de 160 GB, tela de 10.2″, wireless B/G, bluetooth, leitor de cartões, webcam de 1.3MP e bateria de 6 células), mas ele se destaca pelo bom acabamento e pelo fato de ser um pouco mais leve que o Eee 1000HA, com 1.33 kg:

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Outro ponto forte é o teclado, que tem 93% do tamanho de um teclado regular (levemente maior que o usado no Eee 1000HA) e possui um bom feedback tátil. O touchpad não é exatamente confortável de usar, mas fica dentro da média dos netbooks.

Nos EUA, o NC10 podia ser encontrado por US$ 399 na época de lançamento, o que o coloca na faixa intermediária de preço, concorrendo com o Eee 1000HA e outros modelos populares. Isso faz com que ele seja uma boa escolha, já que oferece um conjunto de pequenas vantagens em relação a ele.

Em seguida temos a Sony que, mantendo a tradição de aparelhos ultraportáteis na família Vaio, lançou o Vaio P, um netbook com apenas 636 gramas. A tela tem apenas 8″, mas usa um formato panorâmico, com nada menos do que 1600×768 (bastante desconfortável de usar, a menos que você use ícones e fontes gigantes) e o uso de um trackpoint no lugar do touchpad:

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Além de vir com 2 GB de RAM, ele inclui também um receptor GPS integrado (que pode ser usado em conjunto com o Google Earth e com softwares de localização). A versão disponível nos EUA vem também com um modem 3G integrado da Verizon, em um acordo para subsidiar parte do custo, que permitiu que ele fosse lançado por “apenas” US$ 899. No Brasil, ele foi lançado por R$ R$ 3594, e sem o modem 3G.

Embora ele utilize um HD magnético, ele tem apenas 60 GB de espaço. Isso tem um bom motivo: a Sony optou por utilizar um HD de 1.8″ (em de 2.5″), o que permitiu reduzir o espaço e o consumo, ao custo da capacidade. É possível substituí-lo por um SSD de 128 GB, mas isso aumenta o preço em US$ 600.

Assim como no caso do Inspiron Mini 12, o Vaio P é baseado no Atom Z520 e o chipset US15W. Como pode ver, existe uma forte tendência no uso da dupla nos netbooks mais finos ou leves, já que, embora o desempenho seja fraco, o consumo é quase três vezes mais baixo que o do N270+945GSE, o que permite usar um dissipador passivo.

Não é preciso dizer que o Vaio P é um modelo de luxo, que tem poucas chances de vir a se popularizar. O design é interessante, mas o preço é muito alto e a ergonomia sofrível. Os problema é o baixo desempenho, exacerbado pela decisão da Sony em utilizar o Windows Vista, que simplesmente se arrasta nessa configuração.

Entretanto, ele pode dar origem a modelos similares por parte de outros fabricantes, inaugurando um novo nicho. Embora não seja muito prático de usar (a mesma combinação de tela pequena e mouse terrível do Eee 701), este formato de tela alongada e trackpoint é possivelmente o mais longe que se pode chegar em um aparelho tão pequeno.

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