Como estão organizados os pacotes no Slackware?

No Slackware, todos os pacotes da distribuição estão organizados em um único diretório, que contém os pacotes da distribuição propriamente ditos, pacotes extras que podem ser instalados manualmente depois de concluída a instalação, disquetes de boot, vários Kernels pré-compilados, etc. Tem até uma versão especial do Slackware, o ZipSlack que cabe em um único disco Zip.

Você pode encontrar os pacotes do Slackware no http://www.slackware.com/getslack/

Na página estão listados vários mirrors. Alguns sempre estão lotados, mas bastam algumas poucas tentativas para encontrar um rápido.

Dentro de cada mirror temos os pacotes inicialmente divididos por versão do Slackware, 8.0, 8.1, etc. em alguns deles você encontrará também versões antigas do Slackware, que podem ser úteis em micros antigos. A pasta “slackware-current” contém a versão de desenvolvimento do Slackware, onde você poderá encontrar as versões mais atualizadas dos pacotes, mas sem garantia de estabilidade.

Existe ainda a opção de baixar os pacotes individualmente, escolhendo apenas os que você realmente deseja instalar (ideal para quem acessa via modem) ou baixar um ISO pronto. A maior vantagem do ISO é que você já tem o pacotão pronto, com boot via CD e tudo mais. Basta gravar num CD e reiniciar o micro para começar a instalação.

Baixando manualmente os pacotes você teria que criar manualmente o boot do CD-ROM, ou então usar disquetes de boot.

O problema é que a partir da versão 7 (se não me engano) a árvore de pacotes do Slackware ficou grande demais para caber num único CD. A partir daí, os ISOs não incluem mais todos os pacotes, mas apenas os pacotes principais (a pasta /slackware) e outros grupos mais comuns.

No ISO do Slackware 8.1 por exemplo, não temos nem os disquetes de boot, o ZipSlack, a pasta de pacotes extras, entre outras coisas. Ou seja, mesmo instalando o Slackware via CD, pode ir se acostumando a visitar o FTP de vez em quando… 🙂

As pastas do diretório da versão 8.1 do Slackware são:

  • bootdisks/ – As imagens dos vários disquetes de boot do Slackware que vimos acima.
  • extra/ – Aqui estão pacotes populares, mas que não foram incluídos no diretório de instalação do Slackware por questão de espaço. Esta pasta inclui por exemplo o Blackbox e o Xcdroast.
  • isolinux/ – Aqui estão carregadas as imagens carregadas ao dar boot via CD-ROM.
  • kernels/ – Um dos diferenciais do Slackware é que ao invés de ter um único Kernel “tamanho único” que vem com quase tudo ativado, como no Mandrake e outras distribuições, temos vários Kernels diferentes, o bare.i que é o mais usado, incluindo suporte a HDs IDE e outros dispositivos mais comuns e vários outros, destinados a PCs com periféricos menos comuns, como placas SCSI, periféricos USB, RAID, etc. A desvantagem é que a escolha fica por conta do usuário, exigindo um certo conhecimento sobre o Hardware do PC e os recursos de cada Kernel.
  • pasture/ – Aqui estão pacotes de versões antigas do Slackware, que deixaram de fazer parte da versão atual, mas que ainda podem ser úteis para alguns usuários. Temos por exemplo alguns drivers de placas de vídeo que deixaram de ser suportadas no XFree 4.2 e o Wu-FTP.
  • rootdisks/ – As imagens dos rootdisks, usados no boot via disquete.
  • slackware/ – A pasta principal do Slackware (veja abaixo).
  • source/ – Os fontes de todos os pacotes incluídos na distribuição. Útil basicamente para desenvolvedores, já que os pacotes pré-compilados são muito mais fáceis de instalar :-).
  • zipslack/ – O mini-slackware para discos Zip. Tem 95 MB de programas, incluindo vários editores, servidores, etc. Mas sem direito a interface gráfica.

Dentro da pasta slackware/, temos os softwares divididos nas categorias abaixo. Você pode escolher quais categorias deseja instalar durante a instalação.

  • — a/ – Os pacotes essenciais do Slackware, que somam cerca de 50 MB na versão 7.1 e 100 MB na versão 8.1. O sistema já funciona só com estes pacotes, mas sem interface gráfica, poucos programas além de um processador de textos e nem conectividade de rede. Tudo isso é adicionado com os pacotes das categorias seguintes.
  • — ap/ – Aplicativos de modo texto, como o links, mc, mutt, etc. São todos bem leves, ideais para uso em micros antigos.
  • — d/ – Compiladores e bibliotecas necessários para poder instalar programas a partir do código fonte, como o GCC, make, etc. Juntos, os pacotes desta categoria somam mais de 200 MB.
  • — e/ – O Editor (com E maúsculo 🙂 EMacs. Ele oferece recursos fantásticos para programadores, mas tem pouca utilidade para usuários. Ocupa cerca de 25 MB.
  • — f/ – Uma coleção de FAQs sobre o Slackware. Opcional.
  • — gnome/ – Os pacotes que compõe o Gnome, incluindo também programas baseados na biblioteca GTK+ como o Abiword, Gimp, Evolution, Galeon, etc.
  • — k/ – O código fonte de Kernel, necessário se você precisar recompilar o Kernel para otimizá-lo ou ativar algum recurso.
  • — kde/ – Os pacotes do KDE, a interface gráfica mais usada no Linux atualmente. A pasta inclui ainda programas baseados na biblioteca QT, como o Koffice, Kdevelop, Konqueror, etc.
  • — kdei/ – Os pacotes de internacionalização, necessários para adicionar suporte a Português do Brasil e a outras línguas no KDE.
  • — l/ – Bibliotecas extras que são necessárias para vários programas, incluindo tanto o KDE quanto o Gnome. Não é recomendável desmarcar esta categoria, a menos que você tenha certeza que os programas que você pretende usar não precisam de nenhuma destas bibliotecas.
  • — n/ – Conectividade de rede. Inclui o protocolo TCP/IP, suporte a discagem, Samba, Apache FTP, Sendmail e outros servidores, clientes de e-mail, IRC, etc.
  • — t/ – Editores LaTex, muito usados no meio acadêmico.
  • — tcl/ – Pacotes do TCL/tk, desnecessários na grande maioria dos casos.
  • — x/ – Os pacotes do Xfree. Necessários a menos que você pretenda trabalhar apenas em modo texto :-). Além do Xfree86, o pacote principal, temos pacotes de fontes (recomendável instalar todos. Temos ainda os pacotes de documentação e pacotes de código fonte, que são opcionais.
  • — xap/ – Aqui temos tanto alguns gerenciadores de janela alternativos, como o WindowMaker e o FVWM, quanto programas como o Mozilla e o Netscape, que não necessitam nem do KDE nem do Gnome para rodarem. Note que apesar disso, o Mozilla precisa do GTK+ e algumas outras bibliotecas da categoria l.
  • — y/ – Alguns jogos simples derivados do BSD.

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