Como escolher uma placa-mãe para os processadores Ryzen

Como escolher uma placa-mãe para os processadores Ryzen

Na quinta-feira (02) os primeiros processadores AMD Ryzen chegaram ao mercado, e com eles também desembarcaram nas prateleiras as novas placas-mãe com o socket AM4, que é a nova plataforma compatível com os novos chips. Além de um novo socket essa nova plataforma traz uma série de novas tecnologias que ainda não eram compatíveis com os processadores da AMD, como por exemplo as memórias DDR4 e o Sata Express.

A escolha de uma placa-mãe AM4 é similar a escolha de uma placa para chips Intel, por exemplo, você precisa principalmente conhecer a diferença entre os chipsets, para então determinar qual o recomendado para o seu perfil de uso. Embora o X370 seja o melhor chipset, isso não quer dizer que é recomendado para todos os usuários, já que as placas baseadas neles buscam os gamers mais entusiastas que estão buscando configurações multi-GPU. 

É óbvio que além dos chipsets cada fabricante inclui recursos especiais (principalmente nos modelos high-end) para atrair o usuário, como, por exemplo, os sistemas de iluminação, chipset de áudio de alta qualidade, dual interface de rede, entre outros. Porém o ponto determinante são os chipsets, até porque a grande maioria dessas outras features serão encontradas somente em placas mais robustas, que trazem o chipset mais parrudo, que no caso do Ryzen é o X370. Então conhecer a diferença entre eles é muito importante.

Além das CPUs, a placa que você escolher também será compatível com as APUs Ryzen que ainda nem foram lançadas. A ideia da AMD foi desenvolver uma plataforma unificada, que permite ao usuário transitar entre CPUs e APUs, mantendo a mesma placa AM4

Diferentemente de processadores passados da AMD, o Ryzen está com um apoio gigante da indústria de placas-mãe, os fabricantes parceiros da gigante de Sunnyvale estão com um grande número de opções para o usuário. A expectativa da AMD é que sejam lançadas mais de 80 modelos de placas-mãe voltadas para os processadores Ryzen. Além do tradicional formato ATX, os fãs de mini-PCs também serão atendidos, já que opções Mini-ITX serão lançadas. Recentemente a BIOSTAR anunciou o primeiro modelo com esse fator de forma, a Racing X370-GTN.

A imagem abaixo mostra as diferenças entre os três chipsets voltados para desktop da plataforma AM4, o que oferece o maior número de possibilidades é o X370 (que assim como as CPUs da classe Ryzen 7) que é voltado para os entusiastas. Porém o chipset mais recomendado na questão custo x benefício das placas é o B350, que inclusive conta com suporte a overclocking, recurso que não é encontrado no chipset mais básico, o A320, que é o de entrada.

X370:

Esse é o topo do topo, o público entusiasta tem que voltar as suas atenções para as placas-mãe com o chipset X370. Ele é o único dos três que oferece a possibilidade de configuração multi-GPU, isto é, SLI ou CrossFire. Ele é o que conta com o maior número de linhas PCIe 2.0, que serão utilizadas para dispositivos de armazenamento, já que as PCIe 3.0 estão localizadas no processador. 6x portas SATA (2x delas são SATA Express), e um maior número de opções de portas USB 3.0 e USB 2.0

Placa em destaque: ASUS ROG Crosshair VI Hero

 

B350:

Esse é o chipset que a AMD define como mainstream, o que será adotado em uma escala maior. Ele é recomendado para a grande maioria dos usuários que irão utilizar o computador com apenas uma placa de vídeo. Embora comenta-se que as placas B350 suportam pelo menos o CrossFire, porém a AMD diz que somente o X370 suporta a largura de banda necessária para multi-GPU. As placas com o chipset B350 conta com capacidade de overclock, há 6 linhas PCIe 2.0, 4x portas SATA (2x delas são SATA Express), 2x USB 3.1, 2x USB 3.0 e 6x USB 2.0. 

Placa em destaque: ASRock Fatal1ty AB350 Gaming K4

 

A320:

Esse chipset é a porta de entrada para os processadores Ryzen, que tem como foco o usuário mais básico, que provavelmente irá utilizar um Ryzen 5 e não quer investir muito numa placa-mãe. Por mais que todos os processadores Ryzen tragam o multiplicado desbloqueado, as placas-mãe baseadas no A320 não contam com recursos de overclock, até porque não é o foco aqui. Nativamente são 4 linhas PCIe 2.0, 4x portas SATA (2x delas SATA Express), 1x USB 3.1, 2x USB 3.0 e 4x USB 2.O.

Modelo em destaque: MSI A320 PRO-VD

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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