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Quemel
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locked O diploma ainda conta

#1 Por Quemel 20/08/2009 - 14:20
Deu na Revista Amanhã

Fim da exigência de curso superior específico para o exercício do jornalismo está longe de significar que o mercado deixará de atribuir valor à formação universitária


Por Flávio Ilha / Redação de AMANHÃ


A dispensa de graduação universitária para o exercício da profissão de jornalista, determinada em junho pelo STF (Supremo Tribunal Federal), coloca na ordem do dia um ponto essencial para o mercado de trabalho: afinal, conquistar um diploma vai continuar sendo um bom negócio?

Ao que tudo indica, sim. No caso do jornalismo, o fim da exigência do diploma não acabou com a regulamentação da profissão. Para ser jornalista ainda é necessário ter um registro profissional condicionado a determinados requisitos. “É verdade que a oferta de mão-de-obra tende a aumentar. Mas a valorização que o mercado dá ao diploma vai se manter”, acredita Ricardo Schneiders, diretor da Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação da UFRGS. O raciocínio é simples: se mais pessoas se candidatarem a uma determinada ocupação, o mercado irá selecionar aqueles mais capacitados. E, entre as qualidades de um candidato, uma formação universitária obviamente faz muita diferença - ainda mais para uma ocupação que exige conhecimento, leitura e observação.

O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, já avisou que outras atividades profissionais estão na mira da desregulamentação. Para ele, muitas leis que normatizam ocupações não se enquadram nos paradigmas constitucionais da liberdade de exercício profissional, como apregoa o artigo 5º. Mendes reclama do excessivo corporativismo na hora de regular uma atividade. Para o ministro, o diploma será considerado inconstitucional sempre que não houver a necessidade de conhecimento científico - condição restrita a algumas ocupações, como as vinculadas às áreas médicas, às engenharias e ao direito.


Mas considerar inconstitucional a exigência de um diploma não significa desvalorizar a graduação. “O mercado seleciona naturalmente os melhores profissionais, sejam eles diplomados ou não”, avalia o professor Roberto Bigonha, diretor de regulamentação da profissão de TI da Sociedade Brasileira de Computação (SBC). Os profissionais ligados à informática não têm regulamentação, o que não impede a existência de inúmeros cursos na área - de tecnólogo em processamento de dados a engenheiro da computação. A SBC luta desde os anos 1970 pela regulamentação profissional, mas não pela exigência de diploma. Nada menos do que 11 projetos de lei sobre a regulamentação profissional no setor tramitam na comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados.


“Defendemos uma regulamentação que possibilite o livre exercício da informática, que deve ser tratada como um idioma nacional usado por toda a população. Da mesma forma que todos devem ter liberdade para ler ou falar, o desenvolvimento da tecnologia da informação não pode ficar restrito a uma classe”, defende Bigonha. Ele vai além: “Quem possui formação superior não tem seu emprego ameaçado, pelo menos na teoria, por autodidatas e outros profissionais não diplomados”, sustenta o professor.


O mercado, segundo ele, escolhe os profissionais de acordo com as necessidades de cada atividade. E dá um exemplo trivial: para construir um muro não é necessário um engenheiro. Mas para fazer uma casa, sim. O vice-diretor do Instituto de Informática da UFRGS, Luis Lamb, lembra que uma legislação vinculada demais à formação acadêmica poderia representar uma camisa-de-força para o setor de tecnologia. “A legislação nem sempre acompanha o desenvolvimento científico”, alerta.


Outra categoria profissional que não coloca o diploma no centro da questão é a dos oceanógrafos. Em julho do ano passado, a profissão foi regulamentada sem que seu exercício se tornasse exclusividade dos diplomados nos dez cursos de Oceanografia do país. A lei em vigor permite que profissionais de outras áreas, como geólogos, biólogos ou engenheiros ambientais, exerçam a profissão. Mas a falta de regulamentação não impediu o desenvolvimento de uma rede de escolas, iniciada em 1970 com o curso de Oceanologia da FURG (Fundação Universidade de Rio Grande). As faculdades brasileiras já formaram cerca de 1,8 mil profissionais.


Para quem trabalha, portanto, mais importante que a reserva de mercado criada pela exigência de um diploma é saber se determinada profissão tem ou não regulamentação legal. No rol das atividades protegidas por lei no Brasil, que pode entre outras coisas garantir piso salarial e condições de trabalho, há apenas 56 ocupações. Dessas, pouco mais da metade são profissões de nível superior - medicina, jornalismo, direito e engenharia entre elas.
Entre as profissões regulamentadas também está a de músico. Quase uma centena de graduações são oferecidas na área pelo país, incluindo aí os 42 cursos de licenciatura em Música (que forma professores para a rede de ensino), mas dificilmente um bacharel com formação em regência - que exige cinco anos de formação rigorosa - estará animando os frequentadores do bar da esquina. Saber exatamente o que se quer fazer com um curso superior é um requisito importante para descobrir se vale ou não a pena cursar uma faculdade.


“As instituições de ensino superior brasileiras parecem estar sem rumo”, analisa Paulo Barone, presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação do MEC. Para ele, diante da complexidade profissional da era global é necessário ser inovador também na universidade para agregar conhecimento à formação acadêmica. “A atividade universitária é a mais nobre da sociedade contemporânea”, acredita ele. Mas ressalva: “Para isso se tornar verdadeiro, são necessárias novas arquiteturas curriculares e novos modelos de formação”. Barone defende uma reforma pedagógica que garanta inovação no ensino universitário. Ele sugere trocar o conceito de “pronto”, utilizado hoje em larga escala para classificar o papel da formação acadêmica, pelo de “preparado”. Para ele, é preciso retardar a entrada de novos estudantes no ensino superior para que eles possam fazer escolhas seguras. “A formação contemporânea deve ter caráter cultural, e não apenas instrumental”, sustenta.

A SITUAÇÃO DE ALGUMAS PROFISSÕES

Publicidade - Não é profissão regulamentada, mas tem código de ética observado pelo Conar. Cursos de publicidade estão entre os mais procurados nos vestibulares

Música - Profissão regulamentada, com ordenamento feito através da Ordem dos Músicos do Brasil. Concursos para orquestras públicas geralmente exigem formação acadêmica, comprovada por diplomas e certificados

Medicina - Profissão regulamentada, gerenciada pelo Conselho Federal de Medicina. Tem código de ética e código de processo ético-profissional. Exige diploma.

Design - Não é profissão regulamentada. Reúne profissionais de várias especialidades, como arquitetura, comunicação, artes plásticas, marketing.

Informática - Não é profissão regulamentada. Mesmo assim, os cursos da área estão entre os melhores e mais procurados das universidades brasileiras.
imhotep
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#2 Por imhotep
20/08/2009 - 15:14
Quemel disse:
Deu na Revista Amanhã



A SITUAÇÃO DE ALGUMAS PROFISSÕES

Publicidade - Não é profissão regulamentada, mas tem código de ética observado pelo Conar. Cursos de publicidade estão entre os mais procurados nos vestibulares

Música - Profissão regulamentada, com ordenamento feito através da Ordem dos Músicos do Brasil. Concursos para orquestras públicas geralmente exigem formação acadêmica, comprovada por diplomas e certificados

Medicina - Profissão regulamentada, gerenciada pelo Conselho Federal de Medicina. Tem código de ética e código de processo ético-profissional. Exige diploma.

Design - Não é profissão regulamentada. Reúne profissionais de várias especialidades, como arquitetura, comunicação, artes plásticas, marketing.

Informática - Não é profissão regulamentada. Mesmo assim, os cursos da área estão entre os melhores e mais procurados das universidades brasileiras.


Falou besteira (linguajar mineiro que especifica algo descrito erroneamente), pois belas artes é um curso específico, idem para arquitetura e comunicação social (jornalismo, radialismo e relações públicas, incluindo também, em alguns casos, a publicidade e propaganda).
Marketing nunca foi profissão - apenas linha deatuação dentro da administração, esta sim outra profissão.
Design não existe - é apenas a subdivisão das profissões citadas acimas, ou seja, um ofício, especialidade, característica - nunca foi, nem será uma profissão, até q se regulamente algo nesse sentido, o que acho difícil dada a subjetividade e sobreposição com outras profissões.

Agora, falando sobre a questão do diploma, este é fundamental e imprescindível para uma correta e competente execução de uma profissão qualquer. Porém, cabe ressaltar que, ao menos no Brasil, existe uma competição indigna entre falsos profissionais, sem quaisquer formações e profissionais formados. É um legítimo oceano vermelho!

Somente quando os profissionais regulamentados, diplomados, etc. perceberem que não podem atuar no mesmo nível que os profissionais de araque e também perceberem que a valorização e defesa da sua profissão é obrigação e cidadania é que talvez as coisas comecem a mudar.

Mas como o Brasil ainda é o país do jeitinho e do "leva vantagem em tudo", acho difícil isso mudar em curto ou médio prazo.
É questão cultural - não de diploma...
Tomem cuidado ao responder as perguntas dos colegas. Tenham 100% de certeza da informação que estão passando.
Ensinar significa aprender 2 vezes. Porque você tem que aprender de novo para ensinar corretamente.
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Quemel
Quemel Super Zumbi Registrado
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#3 Por Quemel
20/08/2009 - 15:28
Quemel


Deu na Revista Amanhã

[...] Mas considerar inconstitucional a exigência de um diploma não significa desvalorizar a graduação. “O mercado seleciona naturalmente os melhores profissionais, sejam eles diplomados ou não”, avalia o professor Roberto Bigonha, diretor de regulamentação da profissão de TI da Sociedade Brasileira de Computação (SBC).

Os profissionais ligados à informática não têm regulamentação, o que não impede a existência de inúmeros cursos na área - de tecnólogo em processamento de dados a engenheiro da computação. A SBC luta desde os anos 1970 pela regulamentação profissional, mas não pela exigência de diploma.

“Defendemos uma regulamentação que possibilite o livre exercício da informática, que deve ser tratada como um idioma nacional usado por toda a população. Da mesma forma que todos devem ter liberdade para ler ou falar, o desenvolvimento da tecnologia da informação não pode ficar restrito a uma classe”, defende Bigonha. Ele vai além: “Quem possui formação superior não tem seu emprego ameaçado, pelo menos na teoria, por autodidatas e outros profissionais não diplomados”, sustenta o professor.


O mercado, segundo ele, escolhe os profissionais de acordo com as necessidades de cada atividade. E dá um exemplo trivial: para construir um muro não é necessário um engenheiro. Mas para fazer uma casa, sim. O vice-diretor do Instituto de Informática da UFRGS, Luis Lamb, lembra que uma legislação vinculada demais à formação acadêmica poderia representar uma camisa-de-força para o setor de tecnologia. “A legislação nem sempre acompanha o desenvolvimento científico”, alerta.

Design - Não é profissão regulamentada. Reúne profissionais de várias especialidades, como arquitetura, comunicação, artes plásticas, marketing.

Informática - Não é profissão regulamentada. Mesmo assim, os cursos da área estão entre os melhores e mais procurados das universidades brasileiras.


Os grifos são meus. Diploma só para profissões como Medicina, Direito ou Engenharia. Em última instância, para as categorias que já conseguiram ter o seu órgão regulamentador respaldado pela Sociedade Civil.

O grande problema é que o mercado mudou tanto que não serão as profissões que mudarão, mas a forma de exercê-las, segundo Boaventura Santos.
imhotep
imhotep Cyber Highlander Moderador
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#4 Por imhotep
20/08/2009 - 15:45
Falando sobre TI, juntar essas funções dentro de um mesmo contexto é fazer o que foi feito com o CREA, aonde meteorologistas, geógrafos, geólogos, arquitetos, engenheiros civis, mecânicos, químicos, de produção, de controle e automação, ambientais, agrônomos, florestais, dentre outros, sem falar dos técnicos, discutem os problemas de uns sem perceber as grandes diferenças entre uns e outros...

Em resumo, não funciona...
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Metalleiro
Metalleiro Super Participante Registrado
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#6 Por Metalleiro
21/08/2009 - 09:40
Na minha opinião o diploma se mantém útil por que prova para a empresa contratante que o proficional passou por determinadas disciplinas durante a graduação. O proficional estudou UML, por exemplo.

Agora, quanto ao conhecimento ou competência, eu acho que um diploma ja não prova muita coisa, conheço auto-didatas que vários dos meus colegas de CC para trás nos dois critérios.
Now Dual Boot:
  • OpenSuse 11.2 32bits KDE 4.3;

  • Windows 7 64 bits 7600;
imhotep
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#7 Por imhotep
21/08/2009 - 10:42
Metalleiro disse:


Agora, quanto ao conhecimento ou competência, eu acho que um diploma ja não prova muita coisa, conheço auto-didatas que vários dos meus colegas de CC para trás nos dois critérios.


Aí é q tá...a maioria dos auto-didatas q conheço são realmente bons em determinado assunto, mas não têm visão macro das coisas, ou seja, são bons em uma coisa só, o que limita sua atuação e seu jogo de cintura no mundo dos negócios...

Mas não deixa de ser uma verdade... eu mesmo, apesar dos vários diplomas, me considero um auto-didata. O diploma é o papel q o mercado me exige, mas eu mesmo procuro buscar a informação q preciso, normalmente indo mais fundo no assunto do que determinado curso pode me oferecer... O curso me dá o pontapé e aí eu engreno no assunto.
Tomem cuidado ao responder as perguntas dos colegas. Tenham 100% de certeza da informação que estão passando.
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cyberfoca
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#8 Por cyberfoca
21/08/2009 - 11:01
-> o mercado de trabalho precisa de pessoas habilidosas, que saibam resolver os problemas e tenham alto desempenho laboral;

-> profissionais já atuantes em suas profissões, obviamente, são mais habilidosas que os recém-formados, mesmo que os veteranos só possuam o 1° grau;

-> por analogia e obviedade, os "experientes" valem mais para o mercado do que os recém-formados;

e, portanto:

-> considerando que o diploma quase sempre se encontra na mão dos recém-formados, então este diploma não vale nada;

fato é que o diploma já não tem mais peso algum no mercado, situação piorada (e muito) pela explosão de nano-centros universitários, o aumento exponencial de procura por vagas de emprego e o sucateamento do sistema de ensino do nosso país.

o problema é que os "bons" estão desaparecendo do mercado, mas eles ainda existem e estão fazendo as empresas entrar em parafuso. eu mesmo assisti a uma palestra da pós-graduação em eng. de segurança no trabalho ministrada por um supervisor de segurança, que não possui nem o 2° grau completo. mas o sujeito possui um conhecimento simplesmente fenomenal.

porém, todos esquecem de que é possível contar nos dedos quantos "bons" há no país, em cada função profissional.
rootsbh
rootsbh Super Participante Registrado
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#10 Por rootsbh
21/08/2009 - 11:05
imhotep disse:
Aí é q tá...a maioria dos auto-didatas q conheço são realmente bons em determinado assunto, mas não têm visão macro das coisas, ou seja, são bons em uma coisa só, o que limita sua atuação e seu jogo de cintura no mundo dos negócios...

Mas não deixa de ser uma verdade... eu mesmo, apesar dos vários diplomas, me considero um auto-didata. O diploma é o papel q o mercado me exige, mas eu mesmo procuro buscar a informação q preciso, normalmente indo mais fundo no assunto do que determinado curso pode me oferecer... O curso me dá o pontapé e aí eu engreno no assunto.


Conheço um cara fenomenal, igual muitas pessoas devem conhecer, também autodidata, programa em varias linguagens.
Ele estruturou a área de TI toda de uma empresa aonde fui o estagiário.
Da estrutura de rede da matriz e das 18 filiais à elaboração de aplicativos internos, compra de equipamentos, etc.

O problema dele? Não sabe trabalhar em equipe. Eu só VIA ele fazendo as coisas, ele não me repassava nada.

Diploma pra ele não resolveria nada.

Mas fora essa deficiencia em particular deste cara, acredito que auto-didatas podem planejar coisas macro sim.
Tanto é que passei nessa empresa pra ver o pessoal outro dia, e a estrutura da TI esta como foi montada, e redondinha, não mudou mta coisa, o cara fez isso tudo e agora ele trabalha com... comércio. Montou uma loja de peças automotivas na cidade dele e está super bem.
Clique http://raxxxlandia.myminicity.com e ajude a minha cidade!endoidei.gif
imhotep
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#11 Por imhotep
21/08/2009 - 11:32
rootsbh disse:


Mas fora essa deficiencia em particular deste cara, acredito que auto-didatas podem planejar coisas macro sim.
Tanto é que passei nessa empresa pra ver o pessoal outro dia, e a estrutura da TI esta como foi montada, e redondinha, não mudou mta coisa, o cara fez isso tudo e agora ele trabalha com... comércio. Montou uma loja de peças automotivas na cidade dele e está super bem.


Eu disse visão macro de mercado, não de determinado assunto.
É uma limitação de quem usa viseira de burro...
Lógico q há exceções, mas não é regra...
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Quemel
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#12 Por Quemel
21/08/2009 - 11:53
Metalleiro
Na minha opinião o diploma se mantém útil por que prova para a empresa contratante que o proficional passou por determinadas disciplinas durante a graduação. O proficional estudou UML, por exemplo.

Agora, quanto ao conhecimento ou competência, eu acho que um diploma ja não prova muita coisa, conheço auto-didatas que vários dos meus colegas de CC para trás nos dois critérios.


Caro Metalleiro,

discordo. Há profissionais que sequer conseguem passar numa prova de redação simples, com no mínimo 30 e no máximo 60 linhas.

Esses profissionais conseguem até acertar nas provas práticas de Linux e server, mas não conseguem ganhar a vaga por causa do tema:

A inclusão digital provoca a exclusão social?

bração e boa $orte,
Quemel
imhotep
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#13 Por imhotep
21/08/2009 - 13:58
cyberfoca disse:
-> o mercado de trabalho precisa de pessoas habilidosas, que saibam resolver os problemas e tenham alto desempenho laboral;

-> profissionais já atuantes em suas profissões, obviamente, são mais habilidosas que os recém-formados, mesmo que os veteranos só possuam o 1° grau;

-> por analogia e obviedade, os "experientes" valem mais para o mercado do que os recém-formados;

e, portanto:

-> considerando que o diploma quase sempre se encontra na mão dos recém-formados, então este diploma não vale nada;

fato é que o diploma já não tem mais peso algum no mercado, situação piorada (e muito) pela explosão de nano-centros universitários, o aumento exponencial de procura por vagas de emprego e o sucateamento do sistema de ensino do nosso país.

o problema é que os "bons" estão desaparecendo do mercado, mas eles ainda existem e estão fazendo as empresas entrar em parafuso. eu mesmo assisti a uma palestra da pós-graduação em eng. de segurança no trabalho ministrada por um supervisor de segurança, que não possui nem o 2° grau completo. mas o sujeito possui um conhecimento simplesmente fenomenal.

porém, todos esquecem de que é possível contar nos dedos quantos "bons" há no país, em cada função profissional.


Os q estão no Brasil, né? Os bons já foram embora há mto tempo. Fico me perguntando o q faço nesse país ainda...

Agora, falar q diploma é supérfluo é besteira...
Pra ganhar a miséria de 1500 reais por mês (lembrando q apenas 1% da população ganha isso) aonde vc compete com picareta q nem 1° grau tem pode ser.

Empresas de verdade (e não cabides de emprego) não pensam dessa maneira.

Fico impressionado quando converso com clientes e parceiros americanos ou europeus. A visão deles é completamente diferente disso q vc relatou. Nem precisa ir muito longe - aqui perto, no Chile, com todos os seus problemas, o pensamento é diferente do do Brasil.

É como o Quemel sempre fala: o prezidente da hempreza que nem faser uma redassão çabe, pois mau sabe o portuguêis... Competir com esses realmente é difícil...

Numa coisa vc tem razão: meus diplomas estão devidamente guardados, tomando poeira - já não representam diferencial pro meu momento de carreira; apenas a constatação de q em algum dia eu fiz uma faculdade. Mas a galera auto-didata não compete comigo...pq será?
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#14 Por Quemel
21/08/2009 - 19:41
imhotep
Aí é q tá...a maioria dos auto-didatas q conheço são realmente bons em determinado assunto, mas não têm visão macro das coisas, ou seja, são bons em uma coisa só, o que limita sua atuação e seu jogo de cintura no mundo dos negócios...

Mas não deixa de ser uma verdade... eu mesmo, apesar dos vários diplomas, me considero um auto-didata. O diploma é o papel q o mercado me exige, mas eu mesmo procuro buscar a informação q preciso, normalmente indo mais fundo no assunto do que determinado curso pode me oferecer... O curso me dá o pontapé e aí eu engreno no assunto.


PessoALL,

não vamos confundir auto-didatas com pessoas que constroem conhecimento com rigor científico.

Um auto-didata é sempre limitado (visão sistêmica curta) porque o conhecimento se dá pela dinâmica do conflito.

E sempre quando discutimos, há que se considerar o referencial. Para algumas atividades o conhecimento científico, rigoroso e sistematizada não pode ser substituído.

Você confiaria sua vida numa intervenção cirúrgica ao açogueiro apenas por que ele corta um filé com maestria? Não podemos comparar bananas com maçãs e saber qual das duas tem o maior teor de "maçãnidade"


Precisamos também relativizar as coisas: quando falo em ausência de diploma, restrinjo-me a TI.

Sou totalmente a favor de uma formação acadêmica sólida. Na Academia além da "tecknê" temos a possibilidade de pensar o conhecimento no seu estado puro.

O conhecimento oriundo do Senso Comum é valido, mas em alguns casos limitado.

A questão do diploma é outra coisa. Veja aqui mesmo no Fórum, e tirem suas conclusões.

Todas as vezes que estive na Academia, não buscava um diploma, mas esse pontapé inicial...capaz de construir conhecimento e manejar saberes. Por enquanto, que me desculpe o "prof. Google", isso AINDA é monopólio da Academia.


Recomendo a leitura do Culto do Amador. É real e principalmente sintomático achar que qualquer um pode fazer qualquer coisa apenas com o "alto-ditatismo".ideia.png
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