Instalação

A ISO do Puppy 5.2.5 ocupa apenas 128 MB, o que significa que ele cabe confortavelmente até em um mini-CD de 8 cm. Embora o Puppy possa ser executado como um live CD, você vai ter mais funcionalidades se fizer a instalação. Mas mesmo rodando do CD, o Puppy é muito rápido. Isso acontece porque o sistema todo cabe na RAM. A diferença é gritante em relação a outros live CDs que rodam muito devagar, já que neles a unidade de CD tem que ficar procurando os dados. Uma opção popular é instalar o Puppy em um pendrive. Assim você conta com um conveniente sistema operacional para levar para cima e para baixo. Porém, nesta análise, vou instalar o Puppy em uma partição livre do meu HD.

Um dos grandes destaques do Puppy é a velocidade da instalação. Uma distro mais pesadona pode levar até uma hora do início da instalação à primeira inicialização, enquanto uma típica instalação do Puppy leva menos de dez minutos. Mas se você nunca instalou o Puppy antes, talvez se enrole um pouco nas primeiras tentativas, porque há algumas pegadinhas.

Uma coisa que confunde muita gente é que em um dado momento o instalador pergunta onde estão os arquivos do Puppy (no CD ou em uma pasta), e quando você clica em “CD” aparece uma mensagem de erro. Isso acontece porque o CD tem que ser montado antes do instalador ser aberto. No Puppy, o usuário monta CDs, pendrives e partições clicando em seus ícones, que aparecem no canto inferior esquerdo do desktop.

Monte o CD antes de começar o processo de instalação

Outra coisa que pode confundir até os veteranos é a pergunta sobre “MBRs alternativas”. Na maioria dos casos, a opção padrão funciona, mas já houve uma vez em que tive que usar uma das opções para fazer o Puppy inicializar em um pendrive. Se o Puppy não inicializar desse jeito, você vai ter que passar pelo processo de instalação outra vez e testar as outras opções. Na única vez em que tive que fazer isso, a opção que funcionou foi mbr.bin.

Opções do gerenciador de inicialização

Outro obstáculo no caminho é que o instalador oferece a opção pfix=copy, que permite que o arquivo lupu_525.sfs seja copiado para a RAM na inicialização. Eu preferi não usar essa opção, mas se quiser usar, fique à vontade. Dá para alterar sua escolha mais tarde, se você quiser. Outra opção é entre a instalação “frugal” e a completa. Se estiver instalando no HD, eu recomendo a instalação completa.

O Puppy pode ser rodado todo da memória

Depois de tudo isso e do instalador realizar seus procedimentos, você pode achar que acabou. Mas não retire o CD do Puppy da unidade nem reinicie o PC ainda. Se o GRUB não for instalado, não vai dar para inicializar o sistema. Nos menus, procure por “System > GRUB bootloader config”. As opções serão de configuração simples ou expert. Eu sugiro a opção simples. Você terá a opção de configurar o GRUB para usar o framebuffer, criando um menu de inicialização bonitinho, mas seguindo minha filosofia de manter tudo o mais simples possível escolhi a opção padrão, “standard”.

A propósito, os desenvolvedores do Puppy merecem meus parabéns por usarem o supostamente “ultrapassado” GRUB 1.x em vez do “moderno” e confuso GRUB 2. Esse é um daqueles casos onde os velhos tempos eram mesmo melhores. Nunca entendi a lógica do GRUB 2, ele parece solucionar um problema que não existe. Seja como for, a seguir você vai escolher para onde os arquivos do GRUB devem ser copiados. A resposta óbvia é na mesma partição de instalação do Puppy. Uma sugestão para os desenvolvedores: mudem o exemplo de “/dev/hda2” para “/dev/sda2.”

Instalação do GRUB no Puppy Linux 5.2.5

Por fim, você vai escolher o local de destino do GRUB. São três opções em uma pergunta meio complicada. A primeira opção, “root”, só funciona se você estiver usando um gerenciador de inicialização como o GAG. E foi isso mesmo o que eu fiz. Recomendo fortemente o GAG para quem tem mais de um sistema operacional instalado no HD. Porém, a grande maioria dos usuários vai escolher a opção 3, “MBR”, mesmo após receber o aviso de que isso pode não ser seguro. Estranha é a segunda opção, de instalação em um disquete. Sei que o Puppy curte esse negócio de hardware antigo, mas acho que nem dá mais para comprar disquetes. Ao menos o Puppy nãosuporta unidades de fita cassete.

Escolha do local do gerenciador de inicialização

Se você fizer besteira na instalação do GRUB, a boa notícia é que não vai ser necessário reinstalar tudo. É só inicializar o live CD outra vez e passar pelo procedimento de configuração do GRUB novamente. Comparado ao que se vê em outras distros, reconfigurar o GRUB no Puppy é super simples.