Jupiter: a rede do Google formada por mais de 100.000 servidores

Jupiter: a rede do Google formada por mais de 100.000 servidores

Todos consideram o Google um verdadeiro monstro em relação ao seu nível como corporação, além de possuir diversas patentes e empresas conglomeradas a esse grande império, a sua estrutura é fenomenal, seja pelo seu imenso QG intitulado Googleplex ou até pelos sues inúmerosdatacenters espalhados pelo mundo. Iremos comentar nesse artigo justamente sobre os servidores dessa imensa empresa, mas precisamente sobre o jupiter, que é a rede da gigante das buscas formada por mais de 100.000 servidores, e que teve algumas informações reveladas recentemente pelo Amin Vadhat, líder técnico das redes do Google. 

Um dos grandes mistérios envolvendo o Google, sempre esteve ligado as informações de seus servidores, diferentemente de outras grandes corporações o Google sempre escondeu as sete chaves boa parte das informações relacionadas a este tema. Felizmente isso tem mudado com o tempo e agora temos ainda mais peças para montar esse grande quebra-cabeça. 

O processo de investimento de sua própria infraestrutura tem sido buscado pelo Google nos últimos 10 anos. De acordo com Vadhat a missão de catalogar toda a informação do mundo tornando-as acessíveis rapidamente sempre exigiu uma grande capacidade computacional e de armazenamento (só para ter uma ideia, a demanda de largura de banda do Google cresce a cada 12 meses), que vem crescendo de forma avassaladora nos últimos anos, e para continuar cumprindo esta missão o Google percebeu que a solução não seria apenas comprar uma rede de data centers, seria necessário construir o próprio hardware e software para essa grande estrutura

Estes tubos coloridos são responsáveis por transportar a água para dentro e para fora do centro de dados em Oregon. Os tubos azuis fornecem água fria e as tuabulações vermelhas recebem água quente que irão passar pelo processo de resfriamento

Além de investir em hardware próprio, o Google percebeu que uma rede baseada em software era uma grande alternativa para o uso do hardware convencional. Essa abordagem tem sido extremamente barata e pronta para suprir as necessidades futuras, uma vez que toda a assistência e manutenção podem ser realizadas remotamente, sem ter que haver uma consulta direta a parte física. 

Moldando a sua própria estrutura de dados, de acordo com as suas necessidades, o Google demonstra o “jeito certo de trabalhar”, estando sempre atualizada e acompanhando grandes tendências como a Cloud Computing, ou para os íntimos, computação baseada em nuvem. Uma prova de que os esforços do Google nesta área tem surtido efeito é que já algum tempo a companhia vem vendendo seus serviços baseados em Cloud para outras empresas. 

Bicicletas, um dos meios de transporte dentro das instalações do Google

Além da computação em nuvem um dos grandes avanços do Google com a sua rede Jupiter tem sido relacionados ao Big Data, isto é, compreender como os usuários estão lidando com a internet, e dado os serviços de Analytics oferecidos pela companhia, ferramentas para análise são imprescindíveis. 

Os números ligados a rede Jupiter são impressionantes. De acordo com Vadhat, a rede está bem mais rápida do que era a 10 anos atrás, no início do seu desenvolvimento. Esta rede atualmente apresenta 100 vezes mais capacidade do que a primeira geração, fornecendo mais de 1 petabit por segundo de largura de banda (equivalente a 1 milhão de gigabits), tudo isto concatenado em mais de 100.000 servidores principais, comunicando-se em uma velocidade ultrarrápida de 10 Gb/s.

Engenheira do Google trabalhando em um dos centro de dados

Locais onde os maiores centro de dados do Google estão localizados:

  • Berkeley Country- S.C
  • Council Bluffs – Iowa
  • Douglas Country – Ga
  • Mayes County- Okla
  • Lenoir- N.C (faça um tour pelo data center através do Street View)
  • The Dalles- Oregon.
  • Hamina- Finlândia
  • St. Ghislain- Bélgica

* Novos centro de dados estão sendo construídos em Quilicura, Chile, Hong- Kong, Singapura e Taiwan. 

 

     “Esta capacidade tem sido uma verdadeira benção para os engenheiros do Google. Aumentando a eficiência na infraestrutura de computação e armazenamento do Google, disse Vadhat.

Além de manter o método de trabalho agradável aos seus funcionários, uma das necessidades em seus centros de dados é a privacidade e a segurança, mesmo compartilhando muitos dos projetos e práticas aplicadas, o Google mantém guardado as informações pontuais relacionadas aos seus servidores, estando disponível apenas a um seleto grupo de colaboradores.

Pontos principais que o Google ressalta na concepção de sua estrutura:

  • Rede formada por uma topologia Clos, uma configuração que resulta em um conjunto de switches mais baratos fornecendo as propriedades para um comutador maior.
  • Utilização de softwares centralizados, que gerenciam milhares de switches dentro dos centro de dados, influenciando positivamente na agilidade.
  • Construção do próprio hardware e software

Os diversos switches e roteadores permitem a comunicação com os outros centros de dados

Se em idos de 1998 os planos estavam relacionados apenas a indexação de páginas da Web, atualmente os servidores do Google praticamente carregam a web nas costas, já que diversos serviços oferecidos pela companhia movimentam inúmeros segmentos da internet. Além de manter os serviços funcionando pleno vapor uma das obrigações é compreender o comportamento dos usuários (que em muitas casos é tratado como uma verdadeira invasão de privacidade) e esse comprometimento é o pilar principal do Google, já que as receitas envolvendo publicidade estão cada vez maiores, de acordo com algumas informações somente no primeiro semestre deste ano o Google movimentou US$ 23 bilhões neste setor..

E ai gostou de conhecer um pouco mais sobre os data centers do Google? Deixe seu comentário abaixo, e caso queria saber mais acess a página do Google oficial sobre o assunto: https://www.google.com/about/datacenters/gallery/#/all

Sobre o Autor

Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
Leia mais
Redes Sociais:

Deixe seu comentário

X