Entendendo o Ultra HD

Entendendo o Ultra HD

Um dos quesitos mais observados nos ultimos anos quando se procura um novo televisor, smartphone, filmadora e etc, Chama-se Resolução. Essa palavra está associada como o divisor de águas da qualidade de vídeo dos dispositivos, o que sabemos que não é verdade, a resolução é um desses fatores, mas o marketing das conpanhias enraizou na mentalidade da grande maioria da população, termos como HD, Full HD, e agora Ultra HD, ou para os mais íntimos 4K.

Logo agora que a maioria dos consumidores, leigos ou não estavam se acostumando com o Full HD, e  termos como 1080p, há mais um conceito para inserirmos em nosso vocabulário.O Ultra HD, esse é o termo para designar as resoluções que excedem o HD. As telas de ultra definição mantém a proporção 16:9 (widescreen) e uma resolução mínima de 3840 x 2160, lembrando que o Full HD apresenta uma resolução de 1920 x 1080. Temos então uma tela com uma resolução 4 vezes maior que o padrão mais usado atualmente.

Atualmente já é muito comum encontrar TVs, filmadoras e outros produtos voltado para consumidores finais “ostentando” o selo 4K. Mas o que realmente muda desse novo formato para Full HD que já estamos acostumados, será que vale a pena deixar de lado seu aparelho “antigo” e investir no novo formato? 

De acordo com as vendas do ano passado (2013), quase 40 % das televisões vendidas no Brasil ao longo do ano ofereciam resolução HD, TVs Full HD representavam 59,9% e o padrão Ultra HD representava menos de 1% das vendas no país. Mas como em 2014 os consumidores estão começando a se familiarizar com o novo formato esses percentuais irão se alterar com certeza.

De acordo com a Consumer Eletronics Association (CEA) para uma tela ser  definida como  Ultra HD , tem que ter pelo menos 8 milhões de pixels ativos, com um limite de baixa resolução de pelo menos 3840 x 2160. Mas existem múltiplas variações do 4K, conteúdos digitais podem variar de 3840 x 2160 a 4096 x 3112, mas a resolução 3840 x 2160  é a mais comum do Ultra HD.

Claro que uma grande resolução acarreta num arquivo gigantesco, então mesmo que o padrão 4K seja quatro vezes maior que o Full HD ele terá que ser comprimido para uso doméstico. De acordo com Michael Cioni supervisor digital do filme “Os homens que não amavam as mulhares” um vídeo de 2 horas em resolução Ultra HD a 30 frames sem compactação geraria um arquivo de 55 TiB (Terabyte).

As resoluções Ultra HD acabam definitivamente com aquela ideia da qualidade x distância, muito debatida nos padrões anteriores. Nos padrões HD e Full HD os espaços dos pixels são percepitíveis em TVs de 60 e 70 polegadas e até em algumas telas menores, de acordo com testes da Veja, e quanto mais o usuário estiver próximo da tela mais evidente isso fica..

Já no Ultra HD esse problema não existe mais, justamente pela quantidade gigante de pixels presente na tela. Outro grande empecilho do novo formato é a questão do HDMI, as conexões atuais talvez não suportem com suavidade reprodução em 4K, isso porque a maioria dos dispositivos usam cabos HDMI versão 1.4, que suportam reproduções em Ultra HD a 30 frames por segundo. Para atender ao Ultra HD foi lançado o HDMI versão 2.0 que já começa a aparecer na maioria das TVs 4K , suportando reprodução a 60 frames por segundo.

Algumas pessoas “lutam” para perceber a diferença entre uma reprodução em HD (720p) para Full HD (1080p), Mas ao comparar uma reprodução em 4K x FullHD a diferença é claramente percepitível o salto das taxas de contraste, nitidez e brilho são brutais, ainda mais em telas de 50, 60 polegadas. Ao que tudo indica as telas Ultra HD  não irão demorar tanto a cair os preços como em padrões passados. E o 4K está ganhando o apoio de grandes empresas tanto para produção das telas, como também para  quem vai produzir conteúdo. A Netflix por exemplo já disponibiliza alguns contéudos em 4K , como a série sensacional House Of Cards e alguns documentários. Lebrando que além de possuir uma TV em Ultra HD precisa-se de uma conexão de no mínimo 25 Mbps.

E você leitor, o formato Full HD ainda atende as suas necessidades? Grande parte dos usuários que possuem um dispositivo da Apple com a tecnologia de retina, dizem que o Full HD já começa parecer item do  passado. Qual a sua opinião?  Deixe o comentário abaixo.

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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