Relacionamento entre elementos autonômicos

Para se obter um sistema autonômico, além de implantar os elementos, é necessário todo um trabalho em relação à integração entre esses elementos. Com isso o modo como os diversos elementos autonômicos se relacionam é importante para o funcionamento do sistema. Esse relacionamento é feito por meio de estágios onde cada um possui uma característica diferente (KEPHART, 2003).

a) Especificação

Cada elemento autonômico possui um conjunto de requisitos ou serviços de entrada. Após executar suas funções o elemento responde com um conjunto de serviços de saída. Esses serviços, tanto de entrada quanto de saída devem ser expressados em um formato padrão para que haja uma comunicação adequada entre os elementos (ver Figura 7). Portanto a fixação de um padrão é decisivo no relacionamento dos elementos (DOLPHINE, 2006).

Figura 3 – Comunicação entre elementos autonômicos. Fonte: Esposito, 2006

b) Localização

De acordo com Kephart (2003, p.46) um elemento autonômico deve possuir a capacidade de localizar serviços de entrada que precisa. Da mesma forma, outros elementos que necessitem dos seus serviços de saída devem ser capazes de encontrá-lo. Para isso, os elementos se cadastram em um serviço de diretório onde estará armazenado o tipo de serviço, funcionalidade e os requisitos do elemento (DOLPHINE, 2006).

c) Negociação

Após encontrar o elemento para fornecer o serviço, o elemento cliente precisa negociar o serviço (KEPHART, 2003). Caso não haja concorrentes para esse serviço e houver recursos suficientes, o elemento fornecedor poderá prover o serviço ao elemento cliente sem problemas. Caso contrário, será preciso a aplicação de alguma técnica de fila, desde que respeitando os limites de recursos. Além da técnica de fila, há a possibilidade de implementação de várias outras técnicas que utilizam prioridades, propostas ou preços (DOLPHINE, 2006).

d) Provisão

Nesta fase, depois dos elementos chegarem a um acordo, o fornecedor provê serviços e recursos para o cliente (KEPHART, 2003). É feito então o registro em uma lista de execução para que, futuramente quando for preciso, o elemento possa requerer algum serviço (ESPOSITO, 2006).

e) Operação

Após a provisão dos serviços, o elemento cliente opera de acordo com os termos da negociação (KEPHART, 2003). O elemento fornecedor fiscaliza essa operação garantindo que os termos estipulados na negociação sejam seguidos por ambos elementos. Se o acordo for violado, as penalidades podem ser desde uma suspensão temporária do serviço até o cancelamento do acordo (ESPOSITO, 2006).

f) Terminação

Nesta fase há a liberação dos recursos e finalização do acordo. O elemento fornecedor e requerente cumprem o acordo estipulado finalizando, dessa forma, a operação (KEPHART, 2003). Os dados relacionados a todo ciclo de vida do relacionamento são armazenados para que, no futuro, possam ser analisados por outros elementos (DOLPHINE, 2006).

Sobre o Autor

Redes Sociais:

Deixe seu comentário

X