Um ano de Kurumin

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Um ano de Kurumin

Dia 14/01/2003 eu publiquei o primeiro anúncio do Kurumin na forma de uma pequena nota na seção de notícias do site. Pelo que me lembro comecei a pesquisar sobre o processo de remasterização do Knoppix perto do Natal e, para testar, comecei a trabalhar numa versão reduzida, retirando alguns pacotes e mexendo um pouco na configuração do sistema na tentativa de torná-lo menor e mais leve.

Naquela época as fontes de pesquisa sobre a remasterização ainda eram escassas, praticamente só estava disponível um tutorial resumido escrito pelo Eadz (do fórum do knoppix.net) e um monte de dúvidas não respondidas por aí :-). As primeiras tentativas de remasterização do CD foram bem no estilo tentativa e erro. Com o tempo fui aproveitando para escrever o caminho das pedras meu tutorial de remasterização que incorporei ao Manual do Kurumin (sim, aquela páginazinha aberta no final do boot que você sempre fecha sem ler… :-p)

A idéia básica é a seguinte: o Knoppix é uma imagem de disco de uma instalação do Debian, com várias modificações e alguns truques inteligentes para permitir que o sistema rode diretamente do CD, usando um ramdisk para armazenar arquivos que precisam de permissão de escrita (arquivos de configuração, logs, dispositivos…) e coisas como o cache de navegador e downloads feitos pelo usuário. Esta imagem está compactada num sistema de arquivos chamado cloop, que reduz em quase dois terços o tamanho do sistema, permitindo colocar quase 2 GB de software num CD de 700 MB.

Assim como você pode instalar e remover programas do Debian instalado no seu HD, você pode personalizar o Knoppix adicionando ou removendo programas. Mas existem algumas regras a seguir, como em todo bom jogo.

Em primeiro lugar você precisa primeiro descompactar todo o sistema numa pasta, já que não é possível alterar diretamente os arquivos dentro do arquivo compactado. Em seguida você pode fazer as modificações desejadas dentro desta pasta e no final do processo gerar novamente o arquivo compactado. Existem algumas pegadinhas no processo, que você pode aprender lendo aquele tutorial de remasterização que comentei três parágrafos acima 🙂

Qualquer pessoa que já instalou qualquer distribuição Linux mais de um punhado de vezes sabe de 2 GB permitem instalar muita coisa. É possível ter uma instalação completa, com o KDE e mais alguns aplicativos em 600 MB ou até menos. Mesmo o Mandrake 9.1, que não é exatamente um sistema espartano, pode ser instalado com o KDE e mais algumas ferramentas básicas em cerca de 470 MB.

Se pegarmos esta instalação de 600 MB e compactarmos usando o Cloop teremos um arquivo de cerca de 200 MB. Foi aí que nasceu a idéia de criar uma mini-distribuição a partir do Knoppix.

Naquela época eu tinha a idéia de incluir algum tipo de mini-distribuição no CD-ROM do Guia do Hardware, para que o conteúdo pudesse ser visualizado diretamente através do CD, mesmo numa máquina recém montada, sem sistema operacional instalado. Outro uso interessante: se o seu Windows desse pau, você poderia usar o CD para pesquisar por uma solução entre as matérias do site ou até mesmo navegar na Internet 🙂

O Knoppix parecia ser a base ideal, pois detecta o hardware da máquina automaticamente durante o boot e vem com um conjunto bem completo de programas.

De início a minha idéia era apenas reduzir o tamanho do Knoppix para algo próximo de 1/4 do original, mantendo o KDE, alguns programas básicos para visualização de arquivos PDF, navegador, etc. sem quebrar nada no sistema de autodetecção.

A primeira versão a ser incluída no CD do Guia, lá pelo comecinho de Janeiro tinha cerca de 200 MB, e “cabia” certinho no espaço livre do CD. Chegamos a vender alguns CDs com esta versão incluída, mas a primeira versão a ser divulgada foi a seguinte, que chamei de simplesmente “RC2”. Foi ela que anunciei dia 14/01/2003:

Aprontei de novo: Kurumin Linux (14/01/2003)

Esta última semana passei um bom tempo trabalhando numa nova mini-distribuição. O Kurumin Linux é baseado no Knoppix e mantém o mesmo sistema de detecção de hardware, mas é muito menor, apenas 185 MB (175 MB do sistema em sí e 10 MB do Entendendo e Dominando o Linux que incluí na imagem 🙂

Além de menor ele está em Português do Brasil e inclui o KDE 3.04, Kword, Kontour, Acrobat Reader, Konqueror, X-CD-Roast, GFTP, Bluefish, XMMS, além dos programas de configuração e ferramentas de acesso remoto como o vncviewer, telnet e ssh.

O tamanho reduzido permite que você possa gravá-lo um mini-cd de 190 MB e transportá-lo confortavelmente no bolso da camisa

Outro uso importante é o desenvolvimento de CDs bootáveis com programas ou conteúdos diversos. Para isso, basta copiar todo o conteúdo do CD para uma pasta do HD e incluir nela os demais arquivos que você gostaria de incluir no seu CD.

O arquivo index.html é a página que é aberta no final do boot e o KNOPPIX/background.gif é o papel de parede do KDE. Você pode substituir ambos os arquivos para personalizar o trabalho.

Feito isto, basta gerar um novo iso, incluindo a pasta com os arquivos no diretório raiz do CD e usando o arquivo /KNOPPIX/boot.img como imagem de boot.

Inicialmente não achei que muita gente fosse se interessar em baixar este “mini-Knoppix” então simplesmente abri um FTP no meu adsl e coloquei o link no final da notícia. Como você pode calcular, um adsl com 128 Kb de upload permite uns 5 downloads por dia. Só que logo o log do Apache começou a registrar 5, até 8 tentativas de download por minuto :-O.

Logo várias pessoas começaram a criar mirrors com o arquivo, o que facilitou bastante a distribuição. Esta ajuda foi extremamente importante nesse início de projeto. A notícia desta versão inicial do Kurumin foi publicada também no br-linux.org:

http://brlinux.linuxsecurity.com.br news2/006787.html?redirected=1#006787

Poucos dias depois lancei o RC3, que corrigiu alguns problemas. Mas ele tinha uma limitação em comum com o RC2: A instalação no HD, feita através do knx-hdinstall 0.37 era extremamente deficitária. Muitas das personalizações do KDE eram perdidas, o DMA do HD não era ativado por default o que deixava o sistema muito lento, a única opção de sistema de arquivos era o EXT2 e por aí vai. O sistema se comportava relativamente bem ao rodar do CD, mas instalá-lo era uma outra história…

Melhorar o instalador foi uma das prioridades para o RC4, que foi lançado dia 05/02/2003:

Já está disponível a versão RC-4 do Kurumin Linux, você pode ver a lista dos mirrors onde o arquivo está disponível abaixo. Lembre-se que demora um pouco para todos os mirrors serem atualizados, então tenha paciência 😉

Novos programas adicionados, incluindo o Phoenix (uma versão do Mozilla mais rápida que o Opera), dois games: Frozen Buble e Galaga e, atendendo a vários pedidos também o X-IRC, um cliente de IRC gráfico e com uma boa segurança. Apesar dos novos programas, o tamanho do arquivo continua em apenas 177 MB.

Vários bugs corrigidos na instalação no HD. Agora os ícones do desktop e o menu de sistema não “somem” depois da instalação como no Knoppix e as fontes, atalhos e ícones não são mais alterados. Agora o sistema instalado no HD continua igual ao que é rodando a partir do CD. Esta foi a parte que deu mais trabalho 🙂 As alterações se concentraram no arquivo /usr/local/bin/knx-hdinstall e na pasta /etc/skel.

O script de instalação no HD agora permite escolher o sistema de arquivos, oferecendo a opção de formatar a partição em EXT2, EXT3, ReiserFS, XFS e JFS. Claro que o Reiser é o melhor, mas alguns usuários não sabem disso… 😉 Outra novidade é que ele já está quase todo traduzido para o Português. Para abrir o programa de instalação basta abrir o root shell encontrado em Iniciar > Configuração do sistema e chamá-lo com o comando “knx-hdinstall”

Nessa época alguém me escreveu um e-mail dizendo mais ou menos assim: “Mais cedo ou mais tarde você precisará fazer planos para lançar uma versão para CDs de 700 MB para poder continuar adicionando novos recursos, afinal nunca uma distribuição Linux conseguiu a façanha de ficar menor a cada versão”.

Isso soou como um desafio. Afinal toda a idéia inicial se baseava na idéia de criar um sistema pequeno que pudesse ser incluído no espaço livre do CD do Guia do Hardware e em outros projetos e pudesse ser facilmente modificado. Ter um sistema pequeno, abaixo dos 200 MB também abre muitas vantagens:

  1. Torna o download mais rápido e permite que mesmo quem acessa via modem possa baixar o arquivos.
  2. Torna a instalação no HD muito mais rápida, afinal são menos arquivos a serem copiados.
  3. A possibilidade de levar um sistema completo num mini-CDR dentro da carteira é uma possibilidade bastante atrativa 🙂
  4. Menos arquivos e pacotes significam menos bugs.
  5. Por ser pequeno, você pode usar o Kurumin para desenvolver soluções diversas mais facilmente, entre outras possibilidades.

Desistir de tudo isso apenas para criar um sistema mais “completo” significaria sacrificar todos os principais atrativos do Kurumin e transformá-lo em apenas mais um entre tantas distribuições. Decidi então otimizar ao máximo o sistema, removendo arquivos desnecessários e fazendo melhorias que pudessem resultar em redução de espaço. Já existem muitas distribuições “completas” por aí, que ocupam 2, 3 ou até 7 CDs, achei que seria mais interessante criar um sistema básico, com todos os programas essenciais e permitir que programas adicionais pudessem ser instalados via Web usando o apt-get herdado do Debian.

O Kurumin veio do Knoppix que veio do Debian. Uma das coisas legais em ser “neto” é que você tem o dinheiro do pai e do avô para gastar… hehe :-).

Foi nesta época que comecei a pensar em desenvolver uma distribuição de uso geral e não apenas um live-CD. Desenvolver uma “distribuição de uso geral” é uma das idéias mais estúpidas que um desenvolvedor pode ter como fui perceber mais tarde, pois significa que você precisa dar suporte a coias tão diversas quanto alguém que quer usar o micro para assistir DVDs e Divx, jogar, rodar aplicativos gráficos ou um servidor de missão crítica.

Nesta época surgiu a idéia de criar os ícones mágicos. Você começa com a instalação básica do Kurumin e pode instalar mais aplicativos posteriormente através de scripts que baixam os pacotes necessários via Web e fazem as configurações necessárias. Estes scripts são simples blocos de textos que quase não ocupam espaço no CD, ao contrário dos programas propriamente ditos. Muita gente hoje em dia possui banda larga, então geralmente faz mais sentido baixar os 200 MB do Kurumin e mais (digamos) 200 ou 300 MB de programas adicionais do que baixar os 3 CDs do Mandrake por exemplo.

Mais tarde, lá pelo Kurumin 2.02 esta idéia foi aprimorada com o script gerar-kokar, que faz um backup de todos os programas que foram instalados através dos ícones mágicos numa imagem ISO, que pode ser gravada num CD ou simplesmente usada diretamente para restaurá-los em outros micros. Basta usar o copiar-kokar para restaurar o backup e clicar novamente nos ícones mágicos para fazer a instalação.

Você pode baixar o OpenOffice e o VMware uma vez, gerar o ISO do Kokar e depois usá-lo para instalar os mesmos programas nos 50 micros da rede por exemplo.

A partir da versão 2.13 você pode até mesmo instalar os ícones mágicos com o Kurumin rodando diretamente do CD (tudo é instalado na memória RAM), graças ao tudonaram desenvolvido pelo Henrique.

A versão 1.0, lançada em 17/02/2003 marcou esta mudança de foco. Ela já veio com alguns ícones mágicos, como o que instala suporte a Flash e o driver para modems Lucent, além de já suporte a vídeos em Divx através do gMplayer e alguns programas novos, como o TuxPaint, K3B e Lbreakout. O programa de instalação também recebeu mais algumas melhorias. O change-log foi o seguinte:

Suporte a Flash e a modems com chipsets Lucent e Agere. Ambos podem ser instalados clicando nos ícones do menu de sistema. O suporte a modems Lucent/Agere inclui todos os modems suportados pelo driver for Linux, incluindo os modelos V92. Os únicos que ainda não suportados são os modelos que usam o barramento AMR, como os com chipset SV92. Depois de ativar o suporte basta discar normalmente usando o Kppp, o driver é bem transparente.

Foi incluído o K3B, um programa de gravação de CDs muito mais amigável e com mais recursos que o X-CD-Roast usado nas versões anteriores. O K3B possui uma interface bastante semelhante à do Easy CD Creator, facilitando as coisas para os usuários vindos do Windows. Por enquanto o X-CD-Roast também foi mantido.

O programa de instalação foi bastante aperfeiçoado. Agora basta clicar no ícone no menu de sistema e responder a algumas perguntas básicas. Depois de instalado no HD o Kurumin continua idêntico ao que é ao rodar do CD, ao contrário do Knoppix onde muita coisa se perde. Existe ainda a opção de não alterar o setor de boot do HD e inicializar o Kurumin via disquete (basta responder que não quando ele perguntar sobre a instalação gerenciador de boot). Com exceção da configuração de rede, feita através de um programa separado, o instalador já está 100% em Português.

Os ícones padrão do KDE foram substituídos pelo conjunto Conectiva Crystal, melhorando bastante o aspecto visual.

Incluído um novo game, o lbreakout, sugestão do Flavio Moreira.

Agora o ultra-DMA para todos os HDs é ativado por default durante a instalação. Isso melhorou brutalmente o desempenho do sistema ao ser instalado no HD.

Foi incluído também o Tuxpaint, um editor de imagens no estilo “paint”, mas muito mais divertido, com sons, várias opções de efeitos, etc. Ele é considerado um programa infantil, mas parece agradar aos adultos também… 🙂

O suporte a multimídia está muito forte. O gmplayer permite assistir a quase todos os formatos de vídeo, incluindo divx, media player, quick time e até mesmo alguns arquivos do real player. Os vídeos podem ser assistidos de qualquer lugar, inclusive a partir da partição Windows no HD. Ele é muito rápido na decodificação do vídeo, precisa geralmente de 30% menos processamento que o media player do Windows com o codec do divx.com para exibir os filmes. Eu consigo assistir filmes em divx sem problemas num Pentium II 266 com uma placa de vídeo Trident Blade.

Você pode inclusive regravar o CD do Kurumin incluindo seus vídeos no espaço livre. Além disso temos o suporte a flash no Phoenix e o XMMS que cuida da parte do áudio, completando o conjunto. O gmplayer foi sugestão do Clovis Sena.

O Kurumin 1.1 (lançado em 07/03) foi a primeira versão a já vir com o Manual do Kurumin e com o Kopete. Até então o Kurumin estava vindo apenas com uma versão antiga do Gaim, que não era capaz de baixar a lista de contatos automaticamente no ICQ por exemplo. Apesar de não ser assim tão estável, o Kopete cumpria bem essa função. O Kopete foi usado até o Kurumin 2.05, a partir daí foi lançada uma nova versão compatível com o novo protocolo do AMSN, mas que tinha problemas para rodar diretamente a partir do CD (funcionava apenas depois da instalação no HD). Como não consegui resolver este problema, optei por substituir o Kopete pelo SIM (ICQ) e o AMSN (MSN). A partir do Kurumin 2.13 foi adicionado o Kmess, que é mais leve e oferece um visual melhor que o AMSN. Por enquanto mantive ambos instalados, mas no futuro pretendo remover o AMSN e deixar apenas o Kmess que é muito menor, tudo depende de como ele se sair em uso real 🙂

A partir daí as novas versões passaram a seguir um ritmo mais ou menos uniforme de lançamento, com intervalos de 20 a 30 dias entre as novas versões. Muita gente reclama deste curto intervalo e a minha resposta padrão é simplesmente: “então não baixe”. Lançar novas versões constantemente é justamente o que permite receber feedback e corrigir os problemas rapidamente. Se o driver para o seu modem não funciona por exemplo, você pode postar uma mensagem no fórum e aguardar apenas algumas semanas pela próxima versão com o problema corrigido, ao invés de ter que esperar 6 ou 12 meses como na maioria das distribuições. Isso torna o desenvolvimento bastante dinâmico, criando um senso de “urgência” na correção dos problemas e adição de novos recursos. A idéia é criar uma distribuição que esteja frequentemente se reciclando e se adaptando às mudanças, não uma distribuição “estável” que passa anos quase sem receber melhorias.

Em geral as pessoas que reclamam os lançamentos frequentes são justamente as que não tem o hábito de colaborar em nada, então realmente o que dizem ou pensam não me importa muito. Se você baixou o Kurumin xyz e ele está funcionando bem, continue usando-o.

Mas, voltando à nossa historinha, a versão 1.2, lançada em 28/03 já começou a se tornar algo mais parecido com o que o Kurumin é atualmente. Ela já veio com um número relativamente grande de ícones mágicos, suporte a modems Pc-Tel Onboard, Pc-Tel PCI e Intel Ham e suporte a DVDs através do Xine (que posteriormente foi substituído pelo gXine).

O KDE ainda era a versão 3.04, a mesma do Kurumin 1.0, mas ele já vinha com o conjunto de ícones Conectiva Crystal e configurado com um visual semelhante ao das versões atuais. Por vir com o KDE antigo e ainda sem as barras do Karamba o Kurumin 1.2 é um pouco mais leve que as versões atuais, motivo de algumas pessoas o usarem até hoje.

O Kurumin 2.13 vem com o Blanes 2000 que pode ser a solução para este impasse. O Blanes oferece uma interface bem semelhante à do Windows 2000 e uma personalização feita pelo Phoenix do Fórum que o deixou bem integrado ao Kurumin. Você pode instruir o Kurumin a usá-lo como interface padrão ao invés do KDE digitando:

knoppix desktop=blwm

… na tela de boot. Convenhamos, o Fluxbox não é uma interface apresentável para novos usuários e é muito complicado criar um desktop bonito no IceWM. O Blanes caiu como uma luva neste caso.

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O Kurumin 1.2 foi também uma das menores versões, com apenas 176 MB, como comentei no change-log:

25- O Kurumin continua sofrendo de anorexia 🙂 Apesar de tudo o que aprendeu a fazer nesta nova versão, o tamanho da imagem foi reduzido para apenas 176 MB! Isto é resultado de um trabalho bastante minucioso de procurar e eliminar arquivos, bibliotecas e pacotes desnecessários do sistema, aliminando toda a gordura. O espaço livre será utilizado para atualizar o KDE para a versão 3.1 e instalar outros aplicativos do pacote Koffice (como o Kspread) na próxima versão. O Kurumin é atualmente a única distribuição Linux a trazer o KDE 3 e um conjunto completo de aplicativos em menos de 180 MB.

O Kurumin 2.13 ficou com 186 MB. A maior versão até hoje foi o 1.4, com 196 MB. Mesmo assim, não é muito justo comparar o tamanho dos Kurumin atuais com o da versão 1.2, pois ele vinha com um KDE antigo, Xfree antigo, não tinha suporte a impressão (que ocupa cerca de 20 MB), vinha com um conjunto muito menor de programas, etc.

Dia 18/04 foi lançado o Kurumin 1.3 que trouxe como principal novidade a atualização do KDE para a versão 3.11, que trouxe muitas melhorias. O KDE seria novamente atualizado, agora para a versão 3.14 no Kurumin 2.0. Mais algumas novidades desta versão foram a inclusão do Qtparted (o particionador gráfico oferecido durante a instalação) e vários novos ícones mágicos.

As atualizações continuaram no Kurumin 1.4 (16/05), que veio com o Xfree 4.3, e as fontes Bitstream Vera instaladas por default, substituindo a vovó Verdana, que ninguém mais aguentava ver na frente. O 1.4 também foi a primeira versão a trazer os ícones mágicos para instalar os drivers da nVidia, games 3D como quake 3, Unreal 2003, etc. e o VMware. Até então a istalação era problemática pois o Kurumin vinha sem os headers do Kernel e o gcc, nessários para a instalação. A partir do 1.4 vem tudo pronto. O change-log foi o seguinte:

O Kurumin 1.4 é uma evolução (e não uma revolução) em relação ao 1.3. Ao rodar o sistema no CD você perceberá poucas mudanças, basicamente o suporte a impressão, suporte a câmeras digitais (através do gtkam), alguns drivers novos para softmodems, como o para os modems onboard das PC-Chips 598 e Intel536ep e o script de firewall que incluí.

Mas, ao instalar no HD surgem as principais novidades, na forma de um número muito maior de ícones mágicos. Você pode instalar os drivers da nVidia, Quake 3 Arena e vários jogos open source, VMware (trial), CrossoverOffice (trial), WineX (versão CVS) e até um emulador de playstation já funcionando. Estes programas foram bastante testados e os scripts fazem quase todo o trabalho sozinhos. A facilidade na instalação dos programas é justamente o principal diferencial do Kurumin.

Naturalmente foram também corrigidos vários problemas, principalmente os reportados no fórum, o que melhorou a estabilidade e funcionalidade geral do sistema.

Um resumo:

Suporte a impressão direto no CD, basta chamar o kaddprinterwizard ou clicar no ícone no menu de configuração do sistema.

Agora é possível alterar a configuração do vídeo mesmo rodando do CD, sem depender das opções de boot. Basta chamar o kxconfig com o comando “sudo kxconfig”, alterar o driver da placa de vídeo, resolução e taxa de atualização do Monitor e depois pressionar “Ctrl+Alt+Backspace” para reiniciar o modo gráfico e fazer com que as alterações entrem em vigor. As alterações feitas através do Kxconfig são mantidas caso o Kurumin seja instalado no HD. Ou seja, se você está tendo problemas com o vídeo depois de instalar o Kurumin no HD, basta configurar e testar o vídeo antes de iniciar a instalação.

Suporte a câmeras digitais direto do CD: gtkam

Suporte a games 3D: Agora está disponível um ícone mágico para instalar os drivers da nVidia. Ele baixa os drivers e os instala de forma automática, você so precisa ir pressionando enter algumas vezes e configurar a resolução e taxa de atualização do monitor no final da instalação. Ao instalar o driver da nVidia você pode instalar vários jogos 3D incluídos através de ícones mágicos, como o Cube, Transfision, Chromiun, Quake 3D Arena e o Demo do Unreal 2003. Se você tiver o Unreal 2003 completo, vai encontrar um programa de instalação para Linux no CD 3.

Estão disponíveis também ícones para instalar as versões trial (30 dias) do VMware e do CrossOver-Office.

Fix no suporte ao Intel Han, suporte aos modems Intel 536, suporte para o modem das Pc-chitz 598 (contribuição do Blade).

Ícones mágicos para instalar suporte a Quick-time no Mplayer e para instalar o RealPlayer.

Fix do Flavio Moreira para o pppoeconf

Resolvido aquele bug do mouse travar ao dar log-out (bom, pelo menos aqui no meu micro… 🙂

Vários novos ícones mágicos pra instalar aplicativos diversos.

Agora as fontes Vera da Bitstream vem instaladas por default. Se você gostou das fontes com antialising do Mandrake e Red Hat, basta mudar as fontes no Centro de Controle do KDE, seção Aparência e Temas > Fontes:

Mudanças no programa de instalação

Agora estão disponíveis duas novas opções no final do programa de instalação do Kurumin:

  1. Você agora pode instalar o sistema numa partição home separada e manter os arquivos desta partição caso precise reinstalar o sistema. Isso acaba com aquele problema de ter que fazer backup de tudo ao atualizar o Kurumin. O procedimento é relativamente simples, você só precisa dizer qual partição quer usar como diretório home (/dev/hda5 por exemplo) e dizer em qual sistema de arquivos a partição está formatada (ext2, ext3 ou reiserfs). O instalador dá também a opção de formatar a partição em reiserfs.
  2. No final da instalação é dada a opção de alterar a configuração do vídeo, um recurso de que você pode lançar mão se já tiver tido problemas com o vídeo numa instalação anterior. Acontece que a detecção do vídeo vale apenas para a seção atual, a que roda direto do CD. Ao instalar o sistema no HD é sempre usado o fbdev, que é um driver de vídeo genérico. Ele funciona em uns 90% das placas, mas não em todas.

Ao optar por alterar a configuração é aberto o kxconfig, um configurador bem amigável que cuida da parte pesada. Você só precisa indicar o modelo correto da placa de vídeo e acertar a resolução e taxa de atualização do monitor. Para os ubberhackers de plantão, existe ainda a opção de configurar manualmente o arquivo de configuração do X.

Durante a fase 1.x, houveram muitos casos de problemas ao instalar programas através do apt-get. Em alguns casos a tentativa de instalar um programa simples, como o licq acabava resultando na remoção de boa parte dos pacotes do KDE se você não prestasse atenção nas advertências do apt. O suporte a impressão havia sido introduzido no Kurumin 1.4, mas ele vinha com apenas alguns poucos drivers e não com o conjunto completo de drivers de impressoras suportadas no Linux. Também estava na hora de fazer uma atualização geral nos programas incluídos, já que muitos não haviam recebido atualização desde a primeira versão.

Optei por fazer estas atualizações todas de uma vez, o que acabou resultando em vários problemas para resolver e um Kurumin de quase 250 MB que precisava passar por uma dieta antes de ser lançado.

Esta foi a versão do Kurumin que demorou mais para sair, foram lançados 5 betas no total durante um período de quase dois meses. No final, o Kurumin 2.0 acabou ainda saindo com alguns bugs, como um problema de permissões no arquivo /etc/resolv.conf que dificultava as conexões via modem, que foram sendo corrigidos ao longo das versões seguintes. Ao invés de tentar explicar tudo, mais fácil simplesmente colar o change-log que escrevi na época 🙂

Escolhi nomear esta nova versão do Kurumin como “2.0” ai invés de 1.41 ou 1.5 como seria mais natural devido ao relativo espaço de tempo do lançamento da última versão para indicar uma mudança de rumos no projeto.

As primeiras versões do Kurumin foram feitas pensando em quem utiliza o sistema direto do CD. Não existia muita preocupação com dependências, incompatibilidades nas versões dos programas instalados, etc. pois de qualquer forma estes problemas só aparece ao tentar instalar novos programas ou atualizar o sistema através do apt-get, o que não é possível a partir do CD de qualquer forma.

Mas, nem todo mundo se contenta em rodar o Kurumin do CD. Muita gente vem utilizando o Kurumin como seu sistema principal, em alguns casos até mesmo como servidor, por isso era essencial resolver estes problemas.

Nesta nova versão o Kurumin voltou a ser baseado quase que inteiramente nos pacotes do Debian Unstable e todos os pacotes necessários para solucionar dependências já vem instalados. Você encontrará as versões mais recentes de todos os programas, além de algumas novidades. No total são quase 30 MB a mais de programas instalados.

Isto resolveu 99% dos problemas com instalação de programas via apt-get, dando uma segurança muito maior para quem pretende usar o Kurumin como seu sistema operacional principal e usufruir de todos os pacotes do Debian.

Apesar da palavra “instável” soar estranha, os pacotes do Debian Unstable são tão seguros quanto os do Mandrake ou Red Hat, contendo as últimas atualizações. Mas, o Debian tem um controle de qualidade tão rigoroso que estes pacotes ficam em testes durante quase um ano (ou as vezes até mais) antes de serem considerados “estáveis” e finalmente chegarem à distribuição oficial.

Outra novidade digna de nota é a grande melhoria no suporte a impressão. No Kurumin 1.4 o suporte a impressão direto do CD era muito fraco e era preciso baixar quase 20 MB de pacotes para ter um suporte completo com o sistema instalado no HD. No Kurumin 2.0 todos os drivers disponíveis já vem pré-instalados. Só de impressoras HP são mais de 200 modelos diferentes.

Além disso, o ícone para “incrementar o suporte a impressão” continua disponível, agora com a função de atualizar os drivers disponíveis. Se daqui a alguns meses você comprar uma impressora nova, bastará acionar no ícone para que ele baixe todos os drivers novos que estiverem disponíveis.

Mais uma novidade é a inclusão do Xfree 4.3, que trouxe suporte a várias novas placas, e melhoria no suporte 3D subretudo nos modelos da SiS e ATI. Os casos de placas de vídeo que não são detectadas pelo Kurumin, ou que são detectadas ao rodar do CD mas não ao instalar no HD foram drásticamente reduzidos. Os scripts de detecção de Hardware vindos do Knoppix foram atualizados, junto com o Kernel do sistema, que incluiu patches diversos e suporte a mais componentes.

Até agora falei apenas de inclusões e mais inclusões. Você deve estar pensando “o sistema deve ter ficado enorme depois de instalar todos esses novos pacotes”. Deixe-me então contar uma história de pescador 😛

O meu primeiro alpha do Kurumin 1.5, depois de atualizar todos os pacotes, satisfazer as dependências do Apt, colocar o suporte a impressão, etc. ficou com 245 MB! Depois ainda incluí o Xfree 4.3 (mais uns 7 MB), o partimage e mais alguns programas menores. Ou seja, teria facilmente passado dos 250 MB.

Depois, corta daqui, limpa dali, tudo com uma grande ajuda do Prometeus (do fórum), o sistema acabou ficando com apenas 189 MB na versão final. Mas sem remover pacotes, apenas removendo arquivos desnecessários do sistema. Além de menor, o Kurumin ficou bem mais rápido do que seria se não tivesse passado pelo regime.

Mais mudanças:

O Kghostview substitiu o Acrobat Reader, o QTparted foi atualizado, o Xchat foi substituído pelo Ksirc que é mais facil e mais bonito, etc.

Agora o Kurumin já vem com o bittorrent instalado, o que significa que você poderá usar o próprio CD para baixar os próximos betas e outros arquivos disponibilizados desta forma. Depois de instalar o Kurumin no HD você notará um ícone “Baixar a versão mais recente do Kurumin via bit torrent” entre os ícones para instalação de novos programas. Basta clicar para baixar a imagem da versão mais atual 🙂

O partimage já vem pré-instalado, rodando direto do CD (sudo partimage num terminal) ele é um programa com recursos semelhantes ao Ghost. Você pode usá-lo para fazer e restaurar imagens de partições do HD. Ele copia apenas os dados das partições, gerando um arquivo compactado:

http://www.partimage.org/

Escrevi um script para remasterizar o CD, basta chamar o “remasterizar-kurumin” num terminal.

Bem estas são apenas algumas novidades, as que lembrei de cabeça enquanto estava escrevendo este texto. Você pode se manter informado das novidades no desenvolvimento do Kurumin acessando o fórum, onde são postadas e discutidas todas as novidades no desenvolvimento do sistema: http://www.guiadohardware.info/forum/

O remasterizar-kurumin passou por mais mudanças no Kurumin 2.13 e ganhou uma interface gráfica em Xdialog. Ele facilita bastante o processo de remasterização do Kurumin, permitindo que você faça alterações simples em apenas alguns minutos,

A partir daí entramos na fase mais recente do desenvolvimento do Kurumin, até chegarmos na versão 2.13 que lancei a poucos dias.

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Para quem apenas roda o Kurumin do CD, até parece que não houveram muitas mudanças a partir do Kurumin 2.0, afinal os aplicativos básicos continuam os mesmos, as barras do Karamba continuam lá, etc. Mas, quem tem o hábito de instalar o sistema e realmente fuçar certamente notou centenas de pequenas melhoras no sistema na forma de novos ícones mágicos e ferramentas de configuração, problemas corrigidos, etc.

O Kurumin entrou numa fase de desenvolvimento mais gradual, onde você nem sempre percebe grandes diferenças de uma versão para a outra, mas elas estão lá, na forma de novas tarefas automatizadas, novos recursos, melhorias de usabilidade, etc.

Você pode ler os change-logs das versões mais recentes nos links abaixo. Não vou ficar comentando tudo por que é realmente bastante coisa e você já deve estar de saco cheio de ler este artigo 🙂

http:/ guiadohardware.net/linux/kurumin/2.01/

http:/ guiadohardware.net/linux/kurumin/2.02/

http:/ guiadohardware.net/linux/kurumin/2.03/

http:/ guiadohardware.net/linux/kurumin/2.05/

http:/ guiadohardware.net/linux/kurumin/2.10/

Este é o change-log do Kurumin 2.13, que talvez você ainda não tenha visto… 😉

Novidades do Kurumin 2.13

Adicionada a opção de fazer uma instalação multiusuário no Ícone Mágico do OpenOffice (opção ./setup -net). Esta opção é util em máquinas com vários usuários e também para máquinas usadas como servidores de terminal.

Ícone mágico para instalar conjuntos alternativos de ícones para o KDE, mais ícones mágicos para instalar jogos e outros. Ícones para desativar o autologin do KDE, configurar mouse serial com roda e montar arquivos ISO.

Script experimental para configurar VPNs usando o pptpd, chame-o com o comando: configurar-pptpd

Resolvido bug que causava falta de ícones em alguns aplicativos

Resolvido bug no saveconfig-restore.

Resolvido bug no script que ativa suporte a modems 537 (não ep)

O Kview foi substituído pelo gwenview que é um pouco menor e possui mais recursos.

Adicionado o Kmess, um cliente de MSN que se integra melhor ao KDE. Por enquanto o Kurumin ficou com o Kmess e o Amsn instalados, mas se aprovarem o Kmess ele passará a ser o cliente oficial. Apesar de simples o Amsn ocupa quase 3 MB no CD, contra pouco menos de 400 kb do Kmess.

O remasterizar-kurumin foi revisado e transformado em um programa grafico.

Adicionado o stress-test, um script que executa um teste de burn-in no sistema, ajudando a detectar problemas de hardware. Ele serve para simular uma situação de uso intenso e prolongado do procesador, memória e HD, de forma a ter certeza que o micro está estável.

Os ícones mágicos para instalar servidores (Iniciar > Configuração do sistema > Configuração dos Servidores) agora oferecem uma opção de atualização, que permite atualizar os servidores, instalando atualizações de segurança e outras melhorias. As atualizações não alteram as configurações já feitas.

Foi adicionado o script gerar-kacike, que permite transformar o Kurumin normal no Kurumin Kacike, com mais programas instalados. O Kacike é um projeto antigo, de uma versão grande do Kurumin, com o OpenOffice e outros programas já pré-instalados. Ao invés de manter uma distribuição separada, preferi escrever um script que pode ser chamado a partir do Kurumin, isso permite pegar um Kurumin 2.12b e gerar um Kacike 2.12b a partir dele. O script é mais ou menos automático, você tem apenas o trabalho de executá-lo e esperar os downloads terminarem. O gerar-kacike deve ser chamado ao remasterizar o CD, de dentro do chroot. Use o remasterizar-kurumin.

O vncviewer e o vncserver (do ícone mágico) foram substituídos pelo xtightvncviewer e tightvncserver, que oferecem mais recursos.

Incluído um script para configurar a qual porta o Palm está conectado. Antes era preciso indicar a porta manualmente na configuração do Kpilot.

O conjunto de ícones do sistema foi substituído pela nova versão do Crystal SVG e mais algumas melhorias visuais.

Foram adicionados vários novos ícones mágicos, mas dois que vale à pela mencionar são:

TudoNaRam: Este script do Henrique habilita a instalação dos ícones mágicos com o Kurumin rodando do CD. Sim, isso mesmo, depois de clicar e baixar as listas de pacotes do apt você poderá instalar os ícones mágicos com o Kurumin rodando direto do CD. A “mágica” é feita copiando as pastas usadas pelo apt e para a instalação dos programas para o ramdisk, naturalmente isso consome muita memória RAM, por isso use com cautela. Este recurso foi feito pensando na instalação de programas pequenos, não invente de tentar atualizar o KDE e instalar o OpenOffice 😛

Instalar Bootsplash: Muitas distribuições atuais, como o Mandrake 9.2 utilizam o bootsplash para substituir as tradicionais mensagens de inicialização por uma barra de progresso gráfica, que melhora o aspecto visual do sistema. O Arkanjo junto com vários membros do fórum do Kurumin conseguiu colocar este recurso para funcionar no Kurumin. O script de instalação baixa uma versão customizada do Kernel e editar o arquivo de configuração do lilo (de forma automática). Você pode acompanhar o desenvolvimento neste tópico do fórum:
http://www.kurumin.com.br/forum/viewtopic.php?t=8085

Corrigidos alguns problemas com a atualização do sistema através do comando “apt-get upgrade”, que aparentemente voltou a funcionar sem maiores problemas. Lembre-se que o “apt-get upgrade” é um comando originalmente destinado a atualizar uma instalação do Debian. Ele faz uma atualização completa de todos os pacotes do Kurumin usando os pacotes do Debian Unstable, o que pode fazer alguns programas deixarem de funcionar e causar outros problemas diversos. Este é um procedimento NÃO recomendado no Kurumin, se quiser experimentar, use por sua conta e risco.

O consumo de memória RAM do Kurumin, depois da instalação no HD foi reduzido consideravelmente. A partir do segundo boot o sistema consome apenas 38 MB de RAM no final do boot, com o servidor SSH e o suporte a impressão desativados na instalação.
Caso você desative as barras do Karamba (Iniciar > Configurações > Desativar barras do Karamba no KDE) o sistema passará a consumir apenas 33 MB de RAM no boot, algo próximo do consumido pelo Windows 98. Estas otimizações permitem que o Kurumin rode razoavelmente bem em micros com apenas 64 MB de RAM usando o KDE.
Você pode reduzir mais um pouco o consumo de RAM utilizando uma interface leve, como o Blanes 2000 (Iniciar > Configurações > Mudar o gerenciador de janelas padrão), o que vai reduzir o consumo de RAM no boot para cerca de 26 MB, mas sinceramente, eu não acho que a diferença vale à pena, pois ao começar a abrir aplicativos do KDE como o kppp, konqueror, etc. o consumo de memória passará a ficar muito próximo caso você esteja usando o KDE.
O Kurumin foi tão otimizado justamente para permitir que você possa usar o KDE confortavelmente, sem ficar batendo cabeça tentando se adaptar às outras interfaces.

O IceWM usado desde as primeiras versões do Kurumin foi substituído pelo Blanes 2000 customizado pelo **Phoenix** (do fórum do Kurumin). O Blanes também é um gerenciador leve, mas que possui uma interface muito melhor acabada que o IceWM e um melhor suporte aos programas do KDE. Quem está acostumado com a interface do Windows 2000 vai se sentir em casa no Blanes, o que pode ajudar também em alguns casos de migração.

Para usar o Blanes do CD você tem duas opções. A primeira é esperar o carregamento normal do sistema, dar um log-out para ir para a tela de login e escolher “blwm” na lista. Rodando do CD a senha do usuário Knoppix fica em branco. A segunda opção usar o parâmetro:

knoppix desktop=blwm

(na tela de boot)

Com o Kurumin instalado no HD espere o sistema terminar o primeiro boot, dê um log-out e escolha o blwm na tela de login. Isso fará com que o Blanes passa a ser o gerenciador default. Se quiser voltar para o KDE, basta dar um log-out no Blanes e escolher o KDE na tela de login.

Além do Blanes você pode usar também o FluxBox, mais uma opção de gerenciador leve. Neste caso use:

knoppix desktop=fluxbox

na tela de boot.

Se você quiser remasterizar o CD do Kurumin, fazendo com que o Blanes ou o Fluxbox seja o gerenciador defalut do sistema ao invés do KDE, edite o arquivo /etc/init.d/knoppix-autoconfig (dentro da pasta knxsource) e procure a linha:

case “$DESKTOP” in gnome|enlightenment|kde|larswm|xfce|blwm|xfce4|windowmaker|wmaker|icewm|fluxbox|twm) ;; *) DESKTOP=”kde”; ;; esac

Substitua o DESKTOP=”kde” por DESKTOP=”blwm” ou DESKTOP=”fluxbox” de acordo com qual dos dois preferir. A partir daí você usa o parâmetro “knoppix desktop=kde” para usar o KDE.

Foram feitas ainda várias outras correções e atualizações menores.

Ainda existe um longo caminho a percorrer, mas olhando pra atrás e vendo tudo o que já foi feito ao longo deste ano dá para ver uma luz no fim do túnel 😛

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