ANÁLISE: HyperX Cloud Alpha

3 anos apostando nesse segmento, 9 modelos lançados (Cloud, Cloud Silver, Cloud Core, Cloud II, CloudX, Cloud Stinger, Cloud Revolver, Cloud Revolver S e Cloud Alpha), e mais de 1 milhão de unidades vendidas. Esse é o balanço até o momento da HyperX, divisão de componentes gamers da Kingston, que começou investindo na parte interna dos computadores e agora já está mais do que consolidada na parte externa, com periféricos de alta qualidade, liderados por seus headsets.

A aposta mais recente é no Cloud Alpha, uma nova sub-categoria da família Cloud. Anunciado durante a Gamescom 2017 esse modelo mantém diversas características na parte estética com os já famosos Cloud e Cloud II, e tenta conquistar um novo público, ou incentivar um upgrade, para aqueles já tem um outro fone, através do desempenho sonoro, que promete entregar ainda mais qualidade, graças a tecnologia Dual Chambers, que divide as frequências entre duas câmaras, o intuito é deixar o som ainda mais fidedigno.

Esse é o primeiro headset destinado ao público gamer a contar com essa característica, que já foi trabalhado em fones voltados para outro tipo de público, como o Dual Chambers Super Bass da Audio Technicca.

Paulo Vizaco, diretor executivo da Kingston/HyperX Brasil, explica que a tecnologia Dual Chambers presente no Cloud Alpha, separa os graves dos médios e agudos, permitindo que o som seja mais limpo e suave.

Recebemos da HyperX Brasil o Cloud Alpha para análise, e agora chegou a hora de conferir se essa tecnologia realmente cumpre seu papel.

Design:

O Cloud Alpha é uma atualização para a série Cloud, e esse update além das questões sonoras e de compatibilidade com um número maior de dispositivos, passa pelo design que mantém a essência da série, mas traz modificações interessantes como a a base vazada da haste e os cabos destacaveis, facilitando ainda mais a organização e a conservação.

O esquema de cores do Cloud Alpha mantém o mesmo adotado em outros modelos da HyperX: a combinação adorada por muitos gamers: preto e vermelho.

Embora a estrutura auto ajustável da linha Revolver, seja práticamente imbatível na questão do conforto e fixação na cabeça, o modelo adotado na Cloud Series, com o ajuste manual não faz feio, e o Cloud Alpha mantém essa boa herança. Utiliza-lo por horas a finco não gera nenhum incômodo, o conforto é excelente, embora seja um pouco mais pesado (298 Kg) que o Cloud II (272 Kg).

Além do conforto um headset que se preze precisa mandar bem na anulação de ruídos externos, e nesse sentido o Cloud Alpha cumpre seu papel, e por ser do tipo fechado, facilita a utilização em uma variedade de ambientes mais amplo, já que o som não vaza. Utilizei o Cloud Alpha durante um voo, e o isolamento tanto externo, como a capacidade de não incomodar os demais, funcionou muitíssimo bem!

As conchas auditivas assim como a parte interna do arco são revestidas com espumas baseadas na já conhecida tecnologia Memory Foam, que se molda ao usuário ao decorrer do uso. Um ponto negativo em relação Cloud I e Cloud II é a falta de um par de espumas extras. O kit é mais “pobrinho”, e acompanha apenas o headset, o microfone, cabo P2 de 1,3 metro com o controle em linha para alterar o volume e cancelar o microfone, e um extensor de 2 metros. Além de uma bela bolsa para que esses acessórios possam ser guardados.

Enquanto na grande maioria dos outros fones da HyperX apenas o microfone é destacável, no Cloud Alpha, o cabo P2 (3,5mm) que se conectará ao dispositivo também pode ser removido. Esse aspecto pode ser visto de forma positiva por alguns e negativa por outros. Positiva, pois facilita a organização e conversavação do cabo e microfone. Negativa, pois facilita que descuidados possam perder esses acessórios. Na minha concepção esse aspecto do design do Cloud Alpha é positivo!

Desempenho:

A HyperX alcançou tão rapidamente uma certa “moral” no mercado de headsets, que a cada novo modelo o público e a imprensa cobram mais da companhia. Ao invés de tentar fisgar o gamer por outros aspectos, como na questão visual altamente chamativa, a HyperX se concentra mais no equilibrio dos produtos, valorizando outros pontos. No caso dos headset o ponto principal sempre foi o desempenho sonoro.

No caso do Cloud Alpha a principal novidade nesse aspecto, é o que a HyperX chama de Dual Chambers, a divisão das frequências em duas câmaras internas em cada concha auditiva. Na teoria isso permite que o som fique mais encorpado e claro, já que os graves ficam em uma dessas câmaras, enquanto os médios e agudos ficam na outra. Sendo um pouco mais técnico, a HyperX explica que quando a onda sonora estiver abaixo de 600 Hz, ela será “abrigada” na câmara 1, reservada aos graves. Caso a onda seja superior à 600 Hz passa direto para a câmara 2, reservada aos médios e agudos.

Mas e na prática a tal tecnologia realmente é um diferencial? Sim, comparado com os Cloud I e Cloud II, que são excelentes, o desempenho sonoro do Cloud Alpha com seu driver de 50mm realmente impressiona, mantendo a tradicional assinatura de som da HyperX, valorizando mais o equilibrio das freqências.

Embora esse seja um fone estéreo, ele foi projetado para passar um ar mais de espacialidade, encontrado em modelos com som virtualizado. No entanto no Cloud Alpha tudo soa mais natual, claro e alto. Jogar Mortal Kombar X com esse headset valorizou ainda mais o aspecto brutal e sanguinário do game, principalmente durante o Raio X com as vertebras se quebrando.

O ronco do motor em Forza 6 soou bem mais forte e presente, e o headset conseguiu lidar bem com a divisão do som e não sumir com a música de fundo ou embaralhar tudo. Na reprodução de músicas o Cloud Alpha manda bem nos graves e médios, os águdos soaram meio sem graça, mas passa batido na maioria dos momentos.

O microfone mantém a voz bem nítida e clara, e segue aquele padrão quye já conhecemos na grande maioria dos headsets gamers: se sai muito bem para um chat por Skype por exemplo, mas não espere utiliza-lo para alguma gravação com um padrão mais rigoroso. A anulação de rúidos externos funcionou bem na grande maioria das vezes, mas o efeito de sopro também ficou evidente em muitos momentos.

Especificações:

Fone de ouvido:

– Driver customizado e dinâmico, 50 mm com magnetos de neodímio
– Tipo circumaural, fechado
– Resposta de frequência 13Hz–27.000Hz
– Impedância 65
– Nível de pressão sonora 98dBSPL/mW a 1kHz T.H.D. < 1%
– Tipo e comprimento do fio cabo removível do headset (1,3 m) + cabo de extensão para PC (2 m)
– Conexão cabo removível para headset – plugue de 3,5 mm (4 polos) + cabo de extensão para PC – plugues estéreo e de microfone de 3,5 mm

Microfone:
– Elemento microfone condensador Electret
– Padrão polar cancelamento de ruído
– Resposta as frequência 50Hz-18.000Hz
– Sensibilidade -43dBV (0dB=1V/Pa,1kHz)

Pontos Positivos:

• Design atualizado em relação ao Cloud II
• Construção
• Conforto
• Microfone e cabo podem ser destacáveis
• Qualidade dos graves e médios

​Pontos Negativos:

• Dependendo do headset que você já tenha o preço não justifica o upgrade

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Veredito:

A HyperX, que já virou sinônimos de periféricos de qualidade, entregou mais uma vez um excelente produto. A companhia mostra que sabe tirar bons “truques da cartola”, com a tecnologia Dual Chambers, que embora não seja uma novidade no mercado, faz a sua estreia em um hedset voltado para o público gamer. Com essa tecnologia o Cloud Alpha consegue superar o seu antecessor direto, o Cloud II, em um ponto sempre buscado pelos gamers: graves. 

Quando foi lançado, o Cloud Alpha chegou ao Brasil, por R$ 650. No momento já é possível encontra-lo por R$ 600, o mesmo preço que está sendo vendido o Cloud II. Olhando lado a lado, ao meu ver, que não me importo muito com os 7.1 canais virtualizado, iria sem dúvida de Cloud Alpha, o conjunto da obra é superior ao Cloud II. Então, o upgrade vale de acordo com o perfil de cada usuário, no meu, prefiro um headset estéreo bem mais encorpado do que um com virtualização por software.