HyperX Cloud Revolver S

HyperX Cloud Revolver S

Pela segunda vez, desde que estreou no mercado de headsets, em 2014, a HyperX, divisão de componentes de alta performance da Kingston, investe em um headset com 7.1 canais virtualizado, o primeiro foi o ótimo Cloud II, e agora, com bem mais conhecimento desse mercado, e com parceria com a Dolby, surge o Cloud Revolver S, uma atualização em relação ao Cloud Revolver, que é apenas estéreo.

Fones 7.1 canais virtualizados ao mesmo tempo que agradam alguns, desagradam muitos outros, já que costumeiramente o recurso é tratado apenas como uma jogada de marketing, e que na prática o modo estéreo acaba sendo mais interessante. No caso do Revolver S os tais 7.1 canais são conduzidos por um dongle da Dolby, uma marca que com certeza numa primeira impressão garante mais autoridade ao produto. Mas chega de delongas, confira abaixo as nossas impressões sobre o mais recente headset topo de linha da HyperX:

 

Design:

Se tem uma coisa que a HyperX costuma acertar em seus periféricos é o design, todos os produtos são de ótimo bom gosto nesse aspecto visual, porém como esse é um elemento bem subjetivo pode ser que você discorde. Mas acho importante ressaltar uma marca que mesmo desenvolvendo produtos para o público gamer não enverede pelo lado espalhafatoso, e mantenha uma linha mais discreta. 

No caso do Cloud Revolver S esse aspecto discreto no esquema de cores é contrastado com a imponência da estrutura do fone, que mantém exatamente o mesmo corpo do Cloud Revolver, e que é bem mais moderno que o Cloud II. Os drivers dinâmicos de 50nm, são embalados por conchas bem grandes e altamente confortáveis com o logo da HyperX no centro, que recobrem totalmente a orelha, princípio de um fone circumaural como esse. 

Outro ponto que contribui para a imponência da parte visual do Revolver S é a tiara de metal que “abraça” a parte de espuma, que tem o contato direto com a cabeça de quem está utilizando. Essa haste garante uma maior firmeza do fone na cabeça, porém ao mexer nessa haste você irá ouvir um barulho bem incomodo. Mas não é tão necessário tantos ajustes, já que o Cloud Revolver S encaixa perfeitamente na cabeça. 

Na parte debaixo da concha esquerda há o microfone, que mais uma vez de forma acertada pela HyperX, é destacável. Esse microfone é bem maleável, permitindo ser posicionado de várias formas. O cabo do fone é revestido com nylon e a ponteira do conector de 3.5mm é banhada a ouro.

Em termos de conforto, o Cloud Revolver S também se destaca. Facilmente você irá esquecer que está com ele. Além da espuma que recobre a cabeça, as conchas auditivas são baseadas na tecnologia Memory Foam, que se adapta de acordo com o uso, um ajuste único.

O  conteúdo da embalagem inclui o HyperX Cloud Revolver S, o dongle USB, o microfone destacável e um cabo extensor para ser utilizado no PC.

Desempenho:

Nenhum dos fones que testei até hoje da HyperX fez feio no quesito som. Uma das marcas registradas da assinatura de som dos headsets da companhia é o “tudo em seu lugar”, o grave, que é um elemento sempre buscado pelos gamers, não se sobrepõe as demais frequências, o que torna os fones bons também para ouvir música. O Cloud Revolver S mantém essa característica, de um som uniforme, e que se sai bem em diversas tarefas.

Além de poder ser utilizado no PC, o fone também oferece compatibilidade com consoles e smartphones, e dependendo de alguns ajustes o resultado do som pode ficar ainda mais legal. No caso do smartphone eu testei em um Zenfone 3, e através de presets de equalização do próprio telefone consegui dar um boost nos graves do Revolver S. O Cloud Revolver S é um fone fechado, então o isolamento de ruídos externos é bem feito, assim como não há vazamento de som. Quem está ao seu lado não irá ser incomodado com o que voce estiver escutando.  Além do fone e da placa USB o conteúdo da embalagem inclui o microfone destacável e um cabo extensor para utilizar no PC.

No caso do Xbox One, console em que fiz os testes, o Revolver S funciona apenas através do seu cabo P2, no PS4 o headset também pode ser utilizado através do dongle USB da Dolby que traz o 7.1 ao Revolver S.

Mas e aí, o tal 7.1 vale a pena? Bom, eu diria depende, som virtualizado em fones não costumam me agradar, e realmente prefiro utilizar no modo estéreo, mas, tem quem goste, e em alguns games em que testei no PC, como Mass Effect Andromeda, o surround até acrescentou alguns detalhes ao que obtive como palco sonoro, porém as vezes criava uma certa confusão no som, e como prefiro algo mais balanceado, acho o modo estéreo mais interessante. Então, é bom pensar bem se vale a pena pagar mais caro por esse recurso extra, caso você prefira um bom fone estéreo, sem dúvida indicaria que você fosse de Cloud Revolver, já que é a mesma coisa do Revolver S, sem o recurso de virtualização. Ou talvez até outro fone da propría família Cloud.

Além de permitir a ativação do 7.1 canais virtualizados através de um botão dedicado que acende um LED vermelho ao ser ativado, o dongle USB também conta com outros controles bem interessantes, como o cancelamento do microfone, controle de volume tanto do fone quanto do microfone, e três botões do lado esquerdo que são presets de equalização. A ordem é: o do topo deixa o som com um aspecto meio espacial, o segundo dá um reforço nos tons médios e o último dá uma valorizada nos graves.

Para os que gostam de conversar por skype ou através de chats durante a jogatina ficarão satisfeitos com o desempenho do microfone do Cloud Revolver S. A captação é muito boa, e a HyperX conseguiu também entregar um bom resultado na eliminação de ruídos externos. A única ressalva que eu faria é que o resultado teria sido ainda melhor se o microfone tivesse um windscreen, a famosa espuminha, porque daria uma reduzida no efeito de sopro.

Fizemos uma pequena gravação com o microfone do Cloud Revolver S, e você pode conferir abaixo. Essa faixa de áudio foi gravada no Audacity e nenhuma edição foi feita:

 

Especificações:

Fone de ouvido:

– Driver: dinâmico, 50 mm com imãs de neodímio

– Tipo: circumaural, fechado

– Resposta de frequência: 12Hz–28.000 Hz

– Impedância: 30 Ω

– Nível de pressão sonora: 100,5dBSPL/mW a 1kHz

– T.H.D.: < 2%

– Potência de entrada classificação: 30mW, máxima 500mW

– Comprimento do cabo:  headset: 1 m / caixa de controle de áudio: 2,2 m / cabo de extensão para PC: 2 m

– Tipo de conexão headset: Plugue de 3,5 mm (4 polos) / caixa de controle de áudio: USB /cabo de extensão para PC: estéreo de 3,5 mm e plugues de microfone

Microfone:

 Elemento: microfone condensador electret

– Padrão: polar unidirecional, anulação de ruído

– Resposta de frequência: 50 Hz–18.000 Hz

– Sensibilidade: -40 dBV (0 dB=1 V/Pa,1k Hz)

 

Pontos Positivos:

– Altamente confortável

– Som balanceado

– Compatibilidade com múltiplos dispositivos

– Construção

– Design

– Microfone

 

Pontos Negativos:

– Os 7.1 canais não impressionam

– Preço

 

Veredito:

O Cloud Revolver S marca mais um ponto de evolução na família de headsets da HyperX. Embora o recuso de virtualização de som não agrade todo mundo, inclusive a mim, o Revolver S não se resume a isso, o headset entrega uma estrutura excelente e durável, boa qualidade de som, microfone que se destaca e design discreto. Pagar mais caro pela virtualização é uma decisão muito pessoal, a decisão fica mais fácil para aqueles que já puderam testar o recurso em algum outro fone. Na dúvida talvez seja melhor investir no Cloud Revolver que é o Revolver S somente no modo estéreo.

Sobre o Autor

Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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