ANÁLISE: Dazz Cyborg

ANÁLISE: Dazz Cyborg

Empresas como Dazz e Redragon continuam em busca da democratização dos teclados mecânicos no mercado brasileiro, tentando fisgar uma faixa de público que não seja tão exigente com esse produtos, que busca um teclado de entrada, mas que seja uma evolução, principalmente em durabilidade, quando comparado com os de membrana, mas que o preço não seja tão elevado.

No ano passado a Dazz lançou o Cyborg, um desses expoentes a teclado mecânico que busca abraçar o público que está tendo o primeiro contato com essa tecnologia. Dentre as sua principais características estão uma estrutura em aço, retroiluminação, conexão USB 2.0, tecnologia N-key rollover e switchs Blue. Recebemos o Cyborg da Dazz. Confira abaixo a nossa opinião sobre esse teclado mecânico custo x benefício.

Design:

O Dazz Cyborg prioriza a resistência em detrimento da aparência. Não considero um teclado bonito, por alguns pontos, que obviamente são totalmente subjetivos, como a cor do cabo USB destoar completamente da estrutura, e os parafusos à mostra nas extremidades do teclado. 

Porém a qualidade da estrutura metálica da parte superior é muito boa, passando ao usuário uma sensação de durabilidade. Essa área metálica forma um “sanduíche” com o plástico da parte inferior. Os pezinhos para o controle de altura são bem largos, há também borrachas espalhadas pela extremidades, para evitar que o teclado deslize pela mesa.

O cabo USB como disse acima destoa da cor de todo o restante do teclado, que é preto. A malha de nylon que recobre o cabo é em preto/azul. A cor azul acaba se destacando. A ponteira USB é banhada a ouro, o que também contribui para a resistência.

Porém assim como a estrutura, o cabo USB consegue passar uma excelente sensação de durabilidade, mas sem perder a maleabilidade. O logo da Dazz aparece acima da área das setas e o nome Cyborg vem gravado na parte lombada que a estrututa faz na parte debaixo, fazendo a função de um modesto apoio para o pulso. O Cyborg conta com 104 teclas, incluindo o Ç, que muitos teclados mecânicos por não serem projetados no padrão ABNT2, não oferece.

Além do teclado, o kit inclui também um removedor de teclas, porém mesmo sem ele é possível facilmente tirar as teclas com os dedos.

Funcionalidade e desempenho

Por mais que seja posicionado na faixa dos teclados mecânicos baratinhos, quem está saindo de um membrana, irá ficar bastante satisfeitos com o Cyborg, ao mesmo tempo é preciso frisar que ele conta com switchs do tipo blue, isto é, há o feedback sonoro, o som de quando uma tecla é acionada, e nem todo mundo gosta disso, preferindo adquirir um teclado com algum switch silencioso. Porém no caso dessa opção da Dazz há apenas o modelo com switch blue.

A iluminação do Cyborg é baseada em presets para diferentes tipos de games, como FPS, MOBA. Ele é completamente all-in-one, não há nenhum tipo de software para configuração, tudo é ajustado com combinação de teclas. Ao apertar, por exemplo a tecla FN (função) + 1 (os presets vão do número 1 ao 8), somente o ESC, W,A,S,D e as setas ficam iluminadas. Ao apertar FN + Page UP todas as teclas voltam a ficar iluminadas. 

Outra forma de iluminação do teclado, são através dos efeitos (o clássico modo respiração está presente), que podem ser acionados com a combinação FN + Insert (Ins). Ele não é RGB, então não é possível deixar o tecado iluminado somente de uma forma, o efeito pisca-pisca sempre estará presente. Há também 3 níveis de brilho. É possível utiliza-lo tranquilamente em um ambiente escuro, a intensidade no nivel mais alto do brilho é dá conta do recado.

Tecnologias como anti-ghosting e N-key rollover que reconhecem o uso simultâneo de múltiplas teclas e impedem a ativação de cliques indesejados também estão presentes no Cyborg.

No material de divulgação que recebemos da Dazz é dito que o switch utilizado é da Cherry, porém não é o caso. Ao retirar a tecla dá pra ver que na verdade é da jixian, que não tem uma boa fama em relação a sua durabilidade, quando comparado com outras opções no mercado.

Pontos Positivos:

– Construção

– Cabo USB de qualidade incluindo ponteira banhada a ouro para maior durabilidade

– Efeitos de iluminação interessantes

– Ótima relação custo x benefício

Pontos Negativos

– Design

– Não é RGB

– Switch de baixa qualidade

 

Veredito:

Para uma primeira incursão no mundo dos teclados mecânicos o Cyborg é uma opção bem interessante, ainda mais se você for comprar atualmente, já que o preço abaixou desde o lançamento – é possível encontra-lo por R$ 235 ( o preço de lançamento foi R$ 299).

É um belo salto em relação ao de membrana ou semi-mecânicos, com destaque pra sua resistência, principalmente na boa estrutura metálica. A intensidade do brilho cumpre seu papel, e há uma boa variedade de efeitos, mas não é possível escolher uma única cor, a salada de tons sempre estará presente.

Em outros pontos a Dazz deixou a desejar, como a escolha do switch Jixian, que pode impactar diretamente em quanto tempo o Cyborg irá durar. O preço é convidativo, porém você também deve por na balança se irá se adaptar ao som das teclas, ao estilo máquina de escrever, já que o switch é do tipo Blue, que conta com o feedback sonoro. Caso não conheça esse tipo de switch é recomendado assistir algum vídeo em que esse som do acionamento das teclas é demonstrado.


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Sobre o Autor

Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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